Confiança do consumidor cresce 6,8% na comparação mensal, diz Fecomercio-SP
Índice de Confiança do Consumidor do município de São Paulo se manteve estável em abril, com 109 pontos, porém abaixo dos 109,4 pontos de março
Por Brasil Econômico |
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) apontou que no mês de abril, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do município de São Paulo se manteve praticamente estável, com 109 pontos em abril, resultado levemente abaixo dos 109,4 pontos registrados em março. Se comparado com abril do ano passado, quando o indicador marcava 87,7 pontos, houve crescimento de 24,3%.
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Vale lembrar que a pesquisa da Fecomercio-SP é realizada mensalmente, variando em uma escala de 0 a 100 – pessimismo ou otimismo total, respectivamente.
Em relação aos dois quesitos que integram o indicador, os resultados foram assimétricos e influenciados pelo momento econômico e político atual. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) apresentou alta de 6,8%, ao passar de 66,8 pontos em março para 71,3 pontos em abril. Em comparação a abril de 2016, houve crescimento de 37,5%.
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Por outro lado, o Índice de Expectativas do Consumidor (IEC) decresceu 2,6% ao passar de 137,8 pontos em março para 134,1 pontos em abril. Na comparação anual, entretanto, o IEC avançou 20,3%.
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Segundo a assessoria econômica da Federação, a melhora na economia do País está relacionada com a queda da inflação, o que cria o efeito renda. Junto disso, também está aliado o decréscimo nos juros, que possibilita melhores condições de crédito das famílias. Já a queda na confiança em relação ao futuro mostra a insegurança do consumidor acerca da instabilidade no cenário político atual, o que para a entidade, coloca em risco a definição das reformas necessárias para o equilíbrio fiscal.
Gênero e renda
Ainda em abril, entre os itens apurados pela ICEA, as duas maiores altas foram obtidas pelo público feminino e pelos consumidores com rendimento familiar superior a 10 salários mínimos. O primeiro grupo cresceu cerca de 11,3%, indo de 59,9 pontos para 66,7 pontos, enquanto o segundo avançou 12%, passando de 75,1 pontos para 84,1 pontos.
Para a Fecomercio-SP esse resultado evidencia o efeito renda ocasionado pela queda da inflação, principalmente nos produtos alimentícios. Nos resultados do IEC destaca-se, a disparidade no que se diz respeito aos consumidores com rendimentos acima de 10 salários mínimos e abaixo desse patamar, onde o primeiro grupo apontou alta de 2,8% ao passar de 148,7 para 152,9 pontos e queda de 5,5% no segundo grupo, indo de 132,6 para 125,3 pontos.
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