Banco Central diz que decisões sobre Selic não podem ser antecipadas
“Não existe possibilidade de antecipação da decisão a qualquer agente, público ou privado”, diz BC sobre caso envolvendo informações sobre a Selic
Por Brasil Econômico | (*) |
Nesta quinta-feira (18), o Banco Central (BC) divulgou por meio de um comunicado, que as decisões do Comitê de Polícia Monetária (Copom) são tomadas somente nas reuniões. De acordo com matérias publicadas, o presidente Michel Temer teria adiantado para o dono do grupo JBS, Joesley Batista, o corte de um ponto percentual na taxa básica de juros (Selic).
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"As decisões do Copom são tomadas apenas durante as suas reuniões e são divulgadas imediatamente após seu término por meio de comunicado no sítio do Banco Central na internet. Portanto, não existe possibilidade de antecipação da decisão a qualquer agente, público ou privado. Sinalizações sobre possíveis futuras decisões são emitidas nos documentos oficiais do Banco Central", expôs a nota.
Polêmica
No início da noite de quarta-feira (17), houve o vazamento de uma gravação onde o presidente Michel Temer teria sugerido o pagamento de uma mesada ao deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba e ao doleiro Lúcio Funaro para que permanecessem em silêncio. Segundo a reportagem, Joesley Batista firmou a delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) e entregou a gravação sobre as denúncias.
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Mercado de câmbio
Também através de um comunicado, o BC respondeu sobre a notícia veiculada na imprensa, que a JBS havia comprado um volume grandioso de dólares antes da divulgação da matéria. "O Banco Central não comenta casos específicos que podem envolver entes regulados. Cabe ressaltar que, no âmbito de suas competências legais, o Banco Central apura informações recebidas de várias fontes, com vistas a eventual abertura de processo punitivo”.
Monitoramento
Ainda nesta quinta-feira (18) pela manhã, o Banco Central informou que está monitorando o impacto das informações divulgadas pela imprensa e que agirá para manter a funcionalidade dos mercados. "Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais".
*Com informações da Agência Brasil
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