IGP-10 desacelera em maio, com deflação acumulada de 0,81%
Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) apurado pela FGV registrou inflação negativa de 1,10% em maio. Em 12 meses, o IGP-10 teve alta de 2,14%
Por Brasil Econômico |
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta terça-feira (16) uma deflação de 1,10% sofrida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10). Em abril a taxa foi de -0,76% e de 0,60% no quinto mês do ano passado.
Leia também: Empresária investe em clube de benefícios para "tirar consumidor de casa"
De acordo com a FGV , neste ano até o mês de maio, o índice acumulou inflação negativa de 0,81%. Já em 12 meses, o IGP-10 apresentou acréscimo de 2,14%, sendo calculado com base nos preços avaliados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
IPA
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) registrou uma variação negativa de 1,74% em maio, enquanto em abril a variação foi de -1,29%. Os bens finais variaram 0,18%, ante a 0,21% do mês anterior.
Entre os destaques para o movimento do índice está o subgrupo combustíveis para o consumo, que passou de -1,53% para 0,41%. Já o índice relativo a bens finais, calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, apresentou uma taxa de 0,15%, contra -0,07% de abril.
Em relação ao grupo bens intermediários a variação foi de -0,38%, ante a -0,81% do mês anterior. O subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção foi apontado como o principal contribuinte para a taxa menos negativa, ao passar de -2,39% para -0,15%.
O índice de bens intermediários, obtido depois da exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, registrou uma taxa negativa de 0,42%. Em abril a taxa foi de -0,57%.
Você viu?
No que se diz respeito ao índice do grupo matérias-primas, a variação também foi negativa, em 5,46%. Em abril, a taxa foi de -3,49%. Minério de ferro, cana-de-açúcar e leite in natura contribuíram para a desaceleração do grupo, ao passarem de -0,66%, -0,38% e 4,75% para -13,57%, -2,66% e 1,39%, respectivamente.
Por outro lado, destacaram-se com resultados positivos os itens soja em grão, indo de -8,23% para -1,80%, milho em grão, ao passar de -12,33% para -9,62% e bovinos, variando de -1,75% para -0,92%.
Leia também: Empresa é condenada a pagar horas extras devido a intervalo mal usufruído
IPC
Ainda em maio, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,21%, ante a 0,42% do mês anterior. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram retração, sendo alimentação, o grupo mais evidenciado, ao passar de 0,92% para 0,23%. Nesta classe de despesa, houve destaque do item frutas, que foi de 0,09% para -4,41%.
Os grupos habitação, educação, leitura e recreação e despesas diversas também decresceram no mês, indo de 0,60%, 0,22% e 0,64% para 0,03%, -0,61% e 0,17%, respectivamente. Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento de tarifa de eletricidade residual, ao passar de 2,64% para -1,13%, passagem aérea, de 6,52% para -16,73% e cigarros, indo de 0,85% para 0,00%.
Em contrapartida, apresentaram alta em suas taxas de variação os seguintes grupos: transportes, indo de -0,42% para 0,00%, comunicação, de -0,55% para 1,12%, saúde e cuidados pessoais, de 0,84% para 1,14% e vestuário, ao passar de -0,27% para 0,00%.
Nestas classes de despesa, gasolina, tarifa de telefone residencial, medicamentos em geral e roupas se destacaram, ao variarem de -2,03%, -2,29%, 0,50% e -0,50% para -1,04%, -0,15%, 2,85% e 0,26%, respectivamente.
INCC
Os dados divulgados pela FGV ainda apontaram variação negativa de 0,02% no Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) em maio, mesmo resultado obtido em abril. O índice referente a materiais, equipamentos e serviços variou -0,06%% ante a -0,04% de abril. Já o índice que representa o custo da mão de obra apresentou variação de 0,02% em maio, não registrando variação no mês anterior.
Leia também: Setor industrial: Internet das Coisas se desenvolve mais devagar do quê esperado