PEC 287/2016: veja o que fazer para garantir uma boa aposentadoria
Se conhecer como consumidor e ter o domínio sobre com o que realmente é importante gastar são apenas algumas das dicas para ter um bom "amanhã"
Por Brasil Econômico |
O Banco Mundial elaborou uma pesquisa onde foi apontado que apenas quatro em cada 100 brasileiros têm o hábito de separar recursos para viver uma boa aposentadoria depois que parar de trabalhar. De acordo com a apuração, o índice é o mais escasso das Américas e consequentemente, um dos piores do mundo.
Leia também: Veja os direitos e benefícios das pessoas portadoras de necessidades especiais
Ao relacionar o aumento do tempo médio de vida do brasileiro com o amplo debate da Reforma da Previdência, a superintendente de Sustentabilidade e Negócios Inclusivos do Itaú Unibanco, Denise Hills, separou algumas dicas para planejar uma aposentadoria mais tranquila financeiramente.
Afinal, com a pauta em alta, quem ainda não se perguntou o que é possível fazer para garantir um bom benefício? Ou se a Previdência Privada realmente é um bom caminho?
Conhecimento
Primeiramente a especialista recomenda que o futuro beneficiário conheça os seus gastos mensais. “Numa planilha no computador, num caderno ou aplicativo faça duas colunas, de um lado registre todos os ganhos mensais e no outro, todas as despesas”. Por meio de comparações com a soma dos totais gastos e arrecadados, o consumidor saberá a sua limitação para não estourar o orçamento.
Priorize o que realmente é importante
Estabeleça um limite de gasto por mês que cabe no orçamento e, assim que o limite for alcançado, não gaste mais. Desta forma, aquela tendência a não resistir às tentações que aparecem à nossa frente será substituída pela prioridade do que realmente é importante.
Você viu?
Leia também: Conheça cinco atividades para ganhar uma renda extra no fim do mês
Aumento de renda
Busque alternativas. “Uma dica é encontrar novas atividades que você gostaria de fazer e que ainda podem gerar uma renda adicional”, aconselha a superintendente. Como exemplo, ela cita possibilidade de dar aulas, prestar consultoria, desenvolver trabalhos manuais/artísticos, além disso, vender algum objetivo que não tem mais utilidade também é algo que pode ajudar na receita mensal.
Pague-se primeiro
Essa dica é ótima para quem não tem o hábito de poupar todos os meses. Para evitar que ao longo do mês todo o seu dinheiro seja gasto, assim que receber o pagamento, pague-se primeiro, recomenda Denise Hills. Como assim? Defina um valor mensal (por exemplo, R$ 100) e guarde antes de pagar todas as contas ou fazer gastos.
Aposentadoria
“Quanto antes você começar a investir, mais os juros ajudam a alcançar seus objetivos”. Mas onde aplicar? O mais indicado pela especialista são os planos de previdência, uma vez que são simples e eficientes para cuidar da aposentadoria, além de gerar benefícios fiscais. Para aqueles que conhecem mais o seu perfil investidor, uma boa dica é montar e administrar o próprio plano, que também exige um conhecimento do mercado e disciplina. Poupar sempre é mais importante do que investir muito, ressalta.
Quanto guardo para a aposentadoria?
Para fazer o cálculo o contribuinte deve considerar a renda mensal que pretende ter, a idade com a qual deseja se aposentar e quanto consegue guardar mensalmente para essa reserva. Denise Hills recomenda a metodologia 1, 3, 6,9, onde quem tem 35 anos precisa acumular um ano de salário - líquido. Quem tem 45 o tempo sobe para três anos, e quem tem 55 e 65, respectivamente seis e nove anos de salário.
A superintendente relata que não é um problema caso ainda não tenha começado. Ela recomenda que quem tem entre 25 e 40 anos de idade o ideal é poupar a porcentagem do valor da idade menos 15. O contribuinte que tem 45 anos deve subtrair 10 para saber a porcentagem ideal, enquanto que quem tem 50 anos de idade deve poupar metade.
Uma pessoa com 25 anos, por exemplo, deveria poupar a sua idade – 15, ou seja, 10% de sua renda mensal. Já quem tem 40 anos, para garantir uma boa aposentadoria, precisa guardar 25% do seu salário para ter mais tranquilidade no futuro.
Leia também: Educação financeira: planejamento ajuda a enfrentar mais um ano de crise