Nutricosméticos ganham a atenção dos consumidores brasileiros
De acordo com pesquisa da ABIHPEC, mercado da beleza e consumo de cosméticos e itens de higiene estão ligados ao emocional de consumidores
Por Mayara Rozário | - Brasil Econômico |
Após uma leve baixa sofrida em 2015 e 2016, o mercado da beleza e os negócios de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos podem crescer 2,8% ao longo deste ano, segundo a projeção divulgada na Pesquisa de Beleza e Cuidados Pessoais da Euromonitor.
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Contudo, mesmo com os tropeços e a instabilidade econômica, foi observado que o Brasil, terceiro maior consumidor mundial do mercado da beleza , não deixou o segmento de lado por ser considerado promissor e estar diretamente atrelado com o bem-estar, autoconfiança e autoestima das pessoas.
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e pelo Instituto FSB Pesquisa ainda evidenciou que os brasileiros priorizam o consumo desses itens como uma necessidade básica, capaz de garantir saúde e gerar, até mesmo, um conforto emocional e inserção social.
O estudo ainda revelou que 95% dos especialistas em cuidados pessoais asseguram o bom desempenho e relevância do setor, uma vez que proporciona benefícios aos compradores, à indústria e consequentemente a economia do País, com a oferta de empregos e a geração de tributos, inovação e possibilidade de novos negócios.
Investimentos
No que se diz respeito à viabilidade de se explorar um mercado abrangente e crescente, há aqueles que nem mesmo com a crise econômica deixaram de unir o útil ao agradável, atrelando beleza e saúde a um único produto, ou melhor, a uma única empresa.
Foi o que fez o professor, PhD em ciências farmacêuticas e um dos idealizadores da Prol.life, Fábio Perazzo, que resolveu empreender na área de nutricosméticos por meio da marca Chemyunion, já consolidada e pertencente a produção para as áreas de saúde e beleza.
“Nos últimos anos e meses vem existindo um aumento consistente do interesse das pessoas por este tipo de produto. É um mercado em franca expansão”, comentou o professor sobre o crescimento da área de nutracêuticos.
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Para Perazzo, o investimento de R$ 2 milhões foi aplicado para atender diversas necessidades, desde suplementação vitamínica até cuidados para a pele e cabelos. Os produtos, elaborados junto de profissionais da área da saúde, segundo o professor, ajudarão a marca a se consolidar no ramo e a ultrapassar a concorrência, que tem se tornado cada vez maior.
“Este mercado não para de crescer. Mesmo com a crise que abateu o País houve crescimento. A perspectiva é de crescimento constante nos próximos anos. Em relação a Prol.life, a expectativa é o faturamento líquido de R$ 3 milhões, com projeção de crescimento de 20% a 30% por ano.”
Brasil e custo de produção
Mesmo sendo uma área considerada recente, os nutracêuticos e os nutricosméticos já estão sendo bem vistos pelos consumidores brasileiros, que têm procurado se informar e inserir em seus cuidados diários produtos que auxiliem não só na estética, como também na saúde.
“O brasileiro, de um modo geral é muito vaidoso e gosta de cuidar do corpo utilizando todo tipo de produtos cosméticos. Nos últimos anos, tem-se observado um maior entendimento sobre esses produtos e alimentos funcionais, o que também tem ajudado na introdução de novos insumos no mercado”, afirmou.
Em relação a produção, o phD em ciências farmacêuticas assegura que o custo varia muito de acordo com o que se pretende desenvolver e com a matéria-prima utilizada na produção. Porém, ressalta o elevado custo de produção de itens como esses, uma vez que englobam tecnologia, processos de fabricação e recursos importados.
“Buscando novas tecnologias e ativos inovadores, é primordial o enfoque no mercado da beleza acerca de um perfil empreendedor. Dessa forma, é possível trabalhar em parceria com universidades e professores que agreguem conhecimento e diminuam o tempo de introdução de produtos no mercado. Além disso, procuramos utilizar os 25 anos de experiência que a Chemyunion adquiriu lidando com matérias-primas que melhoram a saúde e a beleza”, concluiu o professor acerca das colaborações e visão da marca.
*Com edição de Flávia Denone
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