Confiança do empresário do comércio atinge maior patamar desde 2015
Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) da Fecomercio-SP apresentou alta de 6,1% em março, passando de 92,7 para 98,4 pontos
Por Brasil Econômico |
Em março, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), apresentou alta de 6,1%, passando de 92,7 para 98,4 pontos, maior patamar desde janeiro de 2015. Se comparado ao mesmo mês do ano passado, o avanço foi ainda mais significativo, com 29,7%.
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Vale ressaltar que o ICEC da Fecomercio-SP varia de 0 a 200 pontos, apontando pessimismo e otimismo total, respectivamente. De acordo com a pesquisa, o ICEC das empresas com até 50 funcionários registrou crescimento de 6,4%, indo de 92,2 para 98,1 pontos no terceiro mês do ano.
Já nas grandes corporações, com mais de 50 empregados, uma queda de 3,1%, foi registrada, ao passar de 113,1 para 109,5 pontos na passagem de fevereiro para março. Porém, mesmo com o recuo, se mantém no patamar de otimismo, acima dos 100 pontos. Em relação a comparação anual, tanto pequenas quanto grandes empresas registraram altas de 29,9% e 20,7%, na confiança.
Para a assessoria econômica da Federação, geralmente uma maior confiança se é notada por parte das grandes companhias, com diferencial positivo menor em março.
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Outros indicadores
Resultados positivos também foram observados nos três quesitos que integram o ICEC. O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) foi o maior destaque, com acréscimo de 14,2%, ao passar de 59,7 para 68,2 pontos, além da elevação de 67,2% na comparação anual.
Enquanto o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) aumentou 4,8%, indo de 140,1 para 146,8 pontos na passagem de fevereiro para março de 2017. Na passagem anual a alta registrada pelo indicador foi de 26%. Já o índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) subiu 2,3%, indo de 78,2 para 80 pontos, com alta de 14% na comparação anual.
Após oito altas consecutivas registradas entre maio e dezembro de 2016, o ICEC apresentou queda nos dois primeiros meses deste ano. Para a entidade, o resultado já era esperado devido à sazonalidade do período que sucede as festas de fim de ano, férias e carnaval, o que influencia nas perspectivas de contratação e investimento. Entretanto, o índice voltou a subir em março.
De acordo com a Fecomercio-SP, a queda na inflação e a retração dos juros impactaram as expectativas e o ânimo dos empresários. Dessa forma, estima-se que após o primeiro semestre de 2017, um processo de recuperação mais consistente na economia se expanda, retomando de forma mais sustentável a confiança de empresários e consumidores.
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