Em março, confiança da construção atinge maior nível desde 2015 e inflação recua
Índice de Confiança da Construção Civil (ICTS) da FGV registrou alta de 0,7 ponto neste mês, ao atingir 75,1 pontos, maior nível desde junho de 2015
Por Brasil Econômico |
O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta terça-feira (28) os resultados do Índice de Confiança da Construção Civil (ICTS) e do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) no mês de março.
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O ICST da FGV registrou alta de 0,7 ponto neste mês, atingindo 75,1 pontos, maior nível desde junho de 2015 quando o indicador alcançou 76,2 pontos. De acordo com a Fundação, o aumento na confiança da construção se deu exclusivamente às perspectivas de curto prazo do empresariado.
“A melhora das expectativas indica uma percepção dos empresários de que o cenário de queda da atividade da construção não deve persistir por muito mais tempo. E essa redução do pessimismo já se reflete no indicador de emprego da Sondagem da Construção: a disposição de demitir nos meses seguintes tem caído continuamente. Embora isso ainda não tenha se traduzido em intenção de contratar, pode representar uma desaceleração do ritmo de queda no emprego. No entanto, enquanto a Demanda Insuficiente continuar sendo o principal fator limitativo à melhoria dos negócios, as demissões continuarão a superar as admissões,” afirmou a coordenadora de projetos da construção do Ibre, Ana Maria Castelo.
Outros resultados
Em março, o Índice de Expectativas (IE-CST) apresentou acréscimo de 1,7 ponto, passando para 87,8 pontos, maior nível desde setembro de 2014 quando registrou 88,4 pontos. Vale ressaltar que os dois quesitos que compõem o subíndice avançaram no mês, com destaque para o indicador responsável por medir o otimismo com a situação dos negócios nos seis meses seguintes, com variação de 2,2 pontos na margem, para 90,1 pontos.
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Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) recuou pelo segundo mês seguido, com variação de 0,2 ponto, atingindo 62,8 pontos. A maior contribuição para a queda partiu do indicador de percepção em relação à carteira de contratos, com decréscimo de 0,6 ponto se comparado ao mês anterior, indo para 61,5 pontos.
Com isso, observou-se que a diferença entre o ISA-CST e o IE-CST, em pontos percentuais (p.p.) voltou a crescer, apontando assim, o novo recorde da série. Em relação ao Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor, houve retração de 0,4 p.p., com 63%.
Custo da Construção
Também neste mês, o Índice Nacional de Custo da Construção –M (INCC-M) apontou inflação de 0,36%, resultado inferior ao 0,53% obtido em fevereiro. Assim, o custo da construção civil apresentou um aumento acumulado de 5,87% em 12 meses.
Segundo a FGV, a maior alta de preços foi a da mão de obra, com inflação de 0,45%, taxas de 0,47% para o componente auxiliar, 0,44% do especializado e 0,43% do técnico. Enquanto o custo relativo a materiais, equipamentos e serviços variou 0,26% em seus preços, sendo os equipamentos para transportes de pessoas o maior contribuinte para a alta no custo, com 1,37%.
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