Setor de petróleo e gás pode ser impulsionado por política de conteúdo local
Para o presidente da Petrobras, política de conteúdo local deve ser comemorada, uma vez que incentiva competitividade no setor de petróleo
Por Brasil Econômico | (*) |
O presidente da Petróleo Brasileiro S.A – Petrobras, Pedro Parente, anunciou nesta quarta-feira (22) que as mudanças na política de conteúdo local, que começarão a valer a partir da 14ª rodada de leilões da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) devem ser comemoradas, uma vez que estimulam a competitividade do setor.
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"O projeto de exploração e produção, na dimensão e complexidade que temos hoje no Brasil, exigem da nossa indústria maior integração com as cadeias locais de valor. A revisão da regra de conteúdo local para a 14ª rodada deve, sim, ser comemorada", disse o presidente da Petrobras .
Parente ainda afirmou que se não houver um ambiente atrativo de negócios no Brasil, a riqueza não explorada continuará como riqueza em potencial. “Pior do que uma política de conteúdo local ruim e que gera contratos para o País, é uma situação de não haver contrato nenhum. Aquela que poderia ser e jamais foi, porque não se soube estabelecer as regras adequadas”.
Mudanças
Ao fazer a defesa das mudanças propostas pela norma, o presidente da empresa de capital aberto explicou que multas por descumprimento da política de conteúdo local estavam entre os principais contribuintes para a desaceleração da competitividade em leilões nacionais.
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"A apuração de conteúdo local, quando confrontada com a capacidade da indústria, tornou-se uma fábrica de multas. Somos a favor de uma política de conteúdo local que seja inteligente, incentive parcerias, inovação, produção com qualidade e com custos e prazos adequados. A política de conteúdo local inteligente premia em vez de punir, é regressiva em vez de progressiva e emancipa a indústria nacional em vez de fazê-la viciada em reservas de mercado que são insustentáveis através do tempo", ressaltou Parente.
Vale lembrar que em fevereiro, o governo anunciou a redução dos índices de conteúdo local no setor de petróleo e gás, já que os valores foram considerados ruins na avaliação de representantes da indústria. Já o percentual de conteúdo local das plataformas caiu de 65% para 25%.
Na abertura do seminário do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Parente explicou que o novo percentual de conteúdo local não significa que a Petrobras se limitará as contratações determinadas pela legislação. Além disso, resgatou resultados positivos que a empresa obteve no último trimestre de 2016, afirmando estrar orgulhoso, porém ciente de que ainda tem dívidas e demandas para cumprir.
*Com informações da Agência da Brasil
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