FGTS inativo: Educador financeiro aponta investimentos e aplicações
“Se a pessoa já tem uma reserva de emergência ela pode pensar em investimento de médio prazo, sem liquidez, com prazos de 2 a 5 anos”
Por Brasil Econômico |
Sacou o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e não sabe o quê fazer com ele? Com a iniciativa proposta pelo governo, milhares de brasileiros correram às agências da Caixa Econômica Federal para resgatar os valores acumulados nas contas inativas. A expectativa do governo para os saques é um impacto de R$ 48 bilhões na economia brasileira.
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De acordo com o educador financeiro, André Bona, mesmo se a pessoa não tem dívidas para pagar, o melhor caminho ainda é retirar o FGTS do banco. Uma vez que a rentabilidade nos últimos 20 anos do mesmo é de apenas 202,22%. Enquanto que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI) rendeu 1.724,33%. "Se a pessoa não tem dívidas para pagar, o melhor caminho ainda é retirar o dinheiro do fundo para buscar um investimento. Deixar o dinheiro no controle do governo não irá render tanto como um ativo no mercado financeiro", explica Bona.
Embora o CDI tenha sido a forma de investimento mais rentável nos últimos 20 anos, o especialista recomenda que antes de escolher qual fazer, o ideal é verificar aquele que mais seja adequado. “Se a pessoa já tem uma reserva de emergência – que são os mais líquidos e de menor risco – ela pode pensar em investimento de médio prazo, sem liquidez, e que eles possam ficar travados até o vencimento, em prazos de 2 a 5 anos”, conta André Bona.
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Por outro lado, se a pessoa já tem investimentos de médio prazo, poderá usar o FGTS para a formação de patrimônio com investimentos de longo prazo, como o tesouro IPCA, e explica Bona “dependendo do perfil de risco individual, as debêntures, os fundos imobiliários e até mesmo as ações”.
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Imóvel
De acordo com o especialista, a crise imobiliária abriu muitas brechas para negociações. Diversos imóveis baratos e desalugados entraram no mercado e, agora é a hora de investir nestes ativos. Mas o ideal é que o investidor se mantenha atento, uma vez que queda de juros – atrelados à taxa Selic – o negócio não tem a mesma rentabilidade. Desta forma, o ideal é a busca por outras alternativas de rendimento.
Poupança
André Bona faz uma revelação importante, todo o capital adquirido pelo banco por meio de poupança só pode ser utilizado para emprestar para crédito imobiliário e agrícola. Portanto, essas modalidades possuem juros mais baixos e prazos mais longos. “Além disso, a caderneta de poupança já possui uma rentabilidade definida por lei. Ou seja, não há como negociá-la, o que fecha a possibilidade de maiores rentabilidades”.
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