Mesmo preocupado com dívidas, consumidor está mais otimista com economia
Indicador de expectativa cresceu 0,6% em fevereiro; apesar da elevação, brasileiros estão pouco confiantes em crescimento da renda no curto prazo
Por Brasil Econômico | * |
Leia Também: Confiança da indústria recua 1,2 ponto em fevereiro, diz FGV
O indicador passou de 103,8 pontos para 104,4 pontos. O resultado ainda está abaixo da média histórica de 108,7 pontos, mas que revela a tendência de uma elevação gradual para os próximos meses. Em dezembro de 2016, a confiança dos consumidores com a economia estava em 100,3 pontos. Na comparação com fevereiro do ano passado, o resultado foi 5,8% melhor.
Você viu?
Leia Também: IBGE: Brasil tem 12,9 milhões de desempregados; pior resultado desde 2012
Quanto maior o resultado do Inec, maior o percentual de respostas positivos, ou seja, mais pessoas apostam nas quedas da inflação e do nívei de desemprego, no aumento da renda pessoal e das compreas de bens de maior valor, e consequentemente, na melhora da situação financeira das famílias ou menor endividamento.
Entre os itens que compõem o Inec, três apresentaram crescimento e foram responsáveis pela alta do índice: compras de bens de maior valor (3,6%), inflação (3,0%) e desemprego (2,2%). Na comparação anual, a alta da expectativa em relação à redução da inflação é de 16%. O resultado está 4,8% acima da média histórica.
Ao mesmo tempo, os indicadores de endividamento (-3,4%), renda própria (-1,7%) e situação financeira (-1,4%) caíram na comparação com janeiro. "Isso indica que, apesar do otimismo em relação aos preços e ao emprego, os brasileiros estão mais endividados e pouco confiantes de que sua renda e sua situação financeira irão melhorar no futuro próximo", destaca, em nota, a CNI. O levantamento foi realizado a partir de respostas de 2.002 entrevistados de 143 cidades, entre 16 e 20 de dezembro.
Empresários pessimistas
Ao mesmo tempo em que os consumidores mostraram expectativas mais elevadas, os empresários estão menos otimistas com a economia. A confiança da indústria, por exemplo, recuou 1,2 ponto em fevereiro , segundo a Fundação Getúlio Vargas. A queda foi registrada após o setor ter avanço de 4,3 pontos no otimismo. Quando a métrica de médias móveis trimestrais é levada em consideração, houve aumento de 0,5 ponto, que permitiu a segunda alta consecutiva, passando para 87,2 pontos.