Intenção de financiamento dos brasileiros registra alta de 9,4%, diz pesquisa
De acordo com a Fecomercio-SP mesmo ainda sendo o recurso preferido de 57,3% dos paulistanos, poupança apresentou queda de quase 13 p.p no ano
Por Brasil Econômico |
De acordo com a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o Índice de Intenção de Financiamento apresentou alta de 9,4% em fevereiro, ante ao mês de janeiro, com 18,6 pontos. Se comparado com o mesmo mês do ano passado, o resultado é 11,1% menor, uma vez que atingiu 21 pontos.
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A Fecomercio-SP ainda apontou queda de 2,4% no Índice de Segurança de Crédito em fevereiro, passando de 80,9 pontos para 79 pontos por conta das pessoas não endividadas que utilizam suas reservas financeiras como complemento para o orçamento doméstico. Em comparação ao mesmo período de 2016, foi registrada uma retração de 5,9%.
Recursos
Segundo a pesquisa, a segurança de crédito daqueles que não possuem dívidas caiu 4,7% entre janeiro e fevereiro e 3,6% em relação à comparação anual. Enquanto a segurança de crédito para os endividados subiu 3% ante a janeiro e caiu 11% se comparado a fevereiro do ano passado.
A assessoria econômica da Federação evidenciou fevereiro como um mês de ajustes após o começo do ano, considerado um período onde as dívidas tendem a aumentar, assim como a inadimplência. Porém, devido a um comportamento mais contido e conservador por parte dos consumidores, o mercado não foi impactado tão intensamente por esse fator.
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Em contrapartida, as altas taxas de juros inviabilizaram o crescimento da economia e dos investimentos empresariais, ao reduzir o potencial de desenvolvimento do País em relação à valorização do mercado acionário. De acordo com a entidade, em 2017 haverá uma maior busca pela normalidade, com taxas de juros menores, investimentos diretos e redução do Estado com base nas reformas. Com essa tendência, um novo ciclo de expansão de crédito e crescimento será aberto, reduzindo os juros e a dívida pública.
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Aplicações
Apesar de ainda ser a aplicação mais usada pelo consumidor paulistano, a poupança registrou os piores resultados da série histórica iniciada em 2012 e pelo segundo mês consecutivo, com 57,3%, recuo de 0,4 ponto porcentual e -12,9 pontos porcentuais em relação a fevereiro de 2016.
Por outro lado, aplicações em ações representaram 4,3% do total, maior resultado da série histórica e 2% maior em relação ao mesmo mês do ano passado. Já a renda fixa foi de 18,6% para 22% entre janeiro e fevereiro, com alta de 3,4 pontos porcentuais.
A tendência de renda fixa tem se mostrado mais atraente do que a poupança para os aplicadores, o que abre espaço para uma ampla diversificação de aplicações, principalmente via ações. A Fecomercio-SP também ponderou que com a possível reforma da previdência, as aplicações em fundos de pensão e previdência privada podem ganhar novos adeptos, o que favorece a poupança de longo prazo.
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