Advogado dá dicas de como investir com segurança em startups

De acordo com advogado, estabelecer cargos, direitos, incentivos e poder decisório é fundamental para otimização do crescimento de startups

Estudar o custo para manutenção de startups é essencial para assegurar o desenvolvimento e concretização dos negócios
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Estudar o custo para manutenção de startups é essencial para assegurar o desenvolvimento e concretização dos negócios

No mundo empresarial e no meio empreendedor é muito comum ouvir falar em statups e nos resultados positivos que investir nessas empresas, geralmente tecnológicas, pode trazer. A fim de ajudar os interessados nesse modelo de negócios a investir de forma segura, o advogado da Sousa, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados, Luiz di Sessa, separou sete dicas para proteger suas ideias e projetos de possíveis fraudes e riscos.

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1.  Avalie a necessidade do investidor 

 É importante que os empreendedores estejam preparados para possíveis mudanças estruturais que possam deixar a administração da sociedade mais complexa. Uma redução na liderança dos empreendedores também pode ocorrer, uma vez que entrarão em contato com novos investidores interessados nas startups. Por isso, avaliar a situação com antecedência antes de tomar decisões e aceitar investimentos é fundamental.  Caso o projeto já tenha sido analisado e ocorra um interesse, busque desenvolver um plano de ações que englobe os motivos pelo qual determinado valor deverá ser destinado ao projeto.

2. Conheça o mercado de atuação que pretende investir    

Como os investimentos são condicionados a uma auditoria legal na startup, é de extrema importância que os empreendedores tenham conhecimento e domínio sobre o mercado que pretendem atuar, para que assim, consigam sanar com facilidade as dúvidas dos potenciais investidores. Saber fatos referentes as obrigações impostas por lei também é essencial para tratar sobre a legalidade de seu modelo de negócio.

 3. Organize a sua equipe

Para manter o foco e a organização, busque definir o papel a ser exercido por cada participante do projeto. Com os cargos, direitos, obrigações, remunerações, incentivos e poder decisório definidos, o período de crescimento de sua startup pode ser menor, gerando resultados e diminuindo conflitos e riscos administrativos.

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 4.  Se atente a segurança jurídica das operações 

É de interesse do investidor que os empreendedores contem com o auxilio de uma assessoria jurídica adequada para a negociação e regulamentação entre todos os envolvidos. Com isso, é possível haver uma mediação entre os interesses, tornando o processo mais seguro em relação aos direitos e ao comprometimento de ambas as partes. Vale ressaltar que muitos dos termos utilizados nesse mercado são inspirados no direito estrangeiro, sendo necessário que os assessores legais saibam as particularidades do Brasil na execução de documentos.

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 5.  Verifique o custo para manutenção

 Estudar a razoabilidade do custo para manter uma startup é imprescindível para que o projeto se desenvolva com segurança.  O endividamento é comum nesse estágio e por isso, formas para se obter recursos devem ser analisadas, estabelecendo limites e zelando pelo cumprimento de obrigações frente a lei.

 6.  Saiba como proteger vantagens competitivas  

Direitos de propriedade intelectual como marcas, patentes, segredos de negócio, softwares, nomes de domínio e direitos autorais são fatores essenciais para o negócio. Assim, é recomendável que o responsável pela invenção procure garantir seus direitos de exclusividade sobre seu projeto. Avaliar se vale a pena possuir tal exclusividade também é importante, uma vez que no exterior, muitos direitos de propriedade intelectual seguem as condições do território, sendo a proteção limitada ao local de registro. O cuidado com este assunto pode evitar o desperdício de dinheiro e aumentar a atratividade perante os investidores.

 7.  Tome cuidado com a divulgação de informações confidenciais

As startups possuem diversas informações protegidas pelo instituto conhecido como segredo do negócio. Com isso, acordos de confidencialidade são fundamentais para que o fluxo de informação seja protegido entre os sócios, colaboradores, funcionários e terceiros. 

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