Inflação para famílias com renda de 2,5 salários mínimos foi de 4,8% em janeiro
De acordo com o balanço realizado pela instituição, o valor é abaixo de todas as faixas de renda pesquisadas, que ficou em 5,04% no acumulado do ano
Por Brasil Econômico | * |
Nesta segunda-feira (6) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou balanço onde apontou que o consumidor, pertencente a família com renda de R$ 2.342, ou seja, 2,5 salários mínimos, teve suas finanças impactadas com inflação de 4,8%.
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De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC – C1) – medidor responsável – o mês de janeiro deste ano a inflação apurada foi de 0,54%. O desfecho resultou em uma variação positiva em relação ao mês de dezembro de 2016, quando o IPC-C1 foi de 0,19%.
Comparativo
Segundo a apuração elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, a variação registrada ficou abaixo das taxas constatadas pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC – BR) - que mede todas as faixas de renda do País - com 0,69% em janeiro e 5,04% no acumulado de 12 meses.
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Motivo
A variação positiva no Índice de Preços ao Consumidor foi impulsionada por cinco das oito classes de despesa e de acordo com o balanço, os setores com maior variação no período foram: comunicação que passou de 0,07% para 0,42%, transportes que teve variação de 0,59% para 2,07%, habitação que saiu de uma queda de 0,69% para alta 0,06%, alimentação que passou de 0,26% para 0,34% e educação, leitura e recreação com variação de0,86% para 2,74% no período analisado.
Essas categorias foram principalmente afetas pela tarifa de eletricidade residencial que passou de uma queda de 5,13% para alta dev 0,62%, tarifa de ônibus urbano que tinha índice de 0,06% e passou para 3,42%, cursos formais que saiu de uma inflação nula para alta de10,7%, hortaliças e legumes que antes estavam em queda de 3,87% para alta de 0,53% e telefone móvel que passou de um índice de 0,03% para 1,12%.
Em compensação os grupos vestuário (0,81% para -0,14%), despesas diversas (1,86 para 0,49%) e saúde e cuidados pessoais (0,52% para 0,23%) foram os grupos que apresentaram recuo em seus indicadores.
Regiões
Na última uinta-feira (2) a Fundação Getúlio Vargas também divulgou um balanço onde foi apontado que cinco das sete capitais pesquisadas sofreram com alta nos preços em janeiro. O Índice de Preços Consumidor Semanal (IPC-S) registrou que o consumidor de Belo Horizonte foi o que mais sentiu os efeitos da inflação negativamente, uma vez que a variação da região de uma semana para outra foi de 0,69%.
Por outro lado, em Salvador a alta foi de apenas 0,5%. O balanço explica que o consumidor da capital baiana foi menos impactado porque os grupos: vestuário e transportes sofreram desaceleração respectivamente de -0,48% para 1,02% e 0,82% para 0,44%.
* Com informações da Agência Brasil
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