Balança comercial paulista registra superavit de US$ 857,4 mi em 2016, diz Fiesp

Pesquisa da Fiesp também ressaltou alta de 1,8% nas exportações, com US$ 52,6 bilhões, e queda de 18,9% nas importações, com US$ 51,8 bilhões

De acordo com a Fiesp,  diretoria regional de São José dos Campos ocupa  o segundo lugar no ranking de exportações, com US$ 6,9 bilhões no acumulado do ano passado
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De acordo com a Fiesp, diretoria regional de São José dos Campos ocupa o segundo lugar no ranking de exportações, com US$ 6,9 bilhões no acumulado do ano passado

Uma pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), apontou  que a balança comercial do Estado de São Paulo registrou superavit de US$ 857,4 milhões de janeiro a dezembro de 2016. Se comparado com o mesmo período de 2015, houve alta de 1,8% nas exportações, com US$ 52,6 bilhões, e queda de 18,9% nas importações, com US$ 51,8 bilhões.

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Os dados foram coletados pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) e Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex) da Fiesp  , com base nas informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para análise do desempenho das 39 diretorias regionais do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).  

Em 2016 e entre os exportadores da região, as diretorias da capital paulista exportaram US$ 8,2 bilhões, alta de 10,7% na análise atual. O resultado foi fortemente impactado pelas vendas de açúcar e sementes e grãos, com alta de 28,6% e 13,3%, respectivamente.

Em relação as exportações,  a região totalizou US$ 9,6 bilhões,  resultado 15,1% menor do que o de 2015.  Máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram os destaques, com 12,1%, seguidas por aparelhos e instrumentos mecânicos, com 11,2%. Vale ressaltar que a diretoria regional de São Paulo teve o 5º maior deficit entre as diretorias, com saldo negativo de US$ 1,3 bilhão.

De acordo com o diretor titular do Derex, Thomaz Zanotto, atualmente o agronegócio é o setor mais importante para o crescimento econômico do Brasil, porém, não é suficiente para suprir as demandas de empregos do País.  “Temos um país com mais de 200 milhões de habitantes e não podemos depender apenas do agronegócio e dos serviços. A indústria tem um efeito multiplicador na economia, não apenas pela geração direta de empregos de alto valor agregado, mas também por consumir e utilizar serviços de outros setores, como financiamentos, seguros, serviços jurídicos, transportes, entre outros.”

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 São José dos Campos

Em segundo lugar no ranking de exportações está a diretoria regional de São José dos Campos, que atingiu US$ 6,9 bilhões no acumulado do ano passado, crescimento de 5,8% em comparação a 2015.  No município, os resultados correspondem as vendas de aeronaves, detentoras de 58,1% do total exportado.

Referente as importações, a diretoria ficou em terceiro lugar, com US$ 4,2 bilhões, queda de 43,4% em comparação aos 12 meses de 2015. De acordo com o levantamento, o setor de combustível foi o maior responsável pelo número de desembarques, com 25,6% do total importado.  Com o saldo geral, a diretoria teve um superávit de US$ 2,7 bilhões, enquanto em 2015 registrou déficit de US$ 898,5 milhões.

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Santos

Santos ocupa a terceira posição do ranking de exportação com volume equivalente a US$ 3,5 bilhões no ano passado, resultado 8,3% maior do que o apresentado nos 12 meses anteriores. Entre os itens que mais contribuíram para o aumento, estão os produtos de confeitaria e o açúcar, com 28,3% de alta. Já no que diz respeito as importações,  as compras de combustíveis minerais  tiveram destaque, representando 53,9% do total. Com isso, a diretoria santista apresentou o maior superavit da balança comercial de 2016, com US$ 2,8 bilhões, alta de 10,8% em relação ao superavit de 2015.

Campinas

No ano passado Campinas deteve o segundo lugar do ranking de importações, uma vez que as compras da cidade somaram US$ 8,2 bilhões, baixa de 16% se comparado ao mesmo período de 2015. Os principais itens importados da região foram máquinas, aparelhos e materiais elétricos e produtos químicos orgânicos, com 30,7% e 15,7%, respectivamente. Em contrapartida, ainda registrou o maior deficit comercial entre as regionais, com US$ 5,1 bilhões.

“O saldo negativo no setor de manufaturados – como o visto em Campinas – vem ganhando fôlego desde o segundo semestre do ano passado, devido à valorização do câmbio. Mesmo que isso proporcione ganhos de curto prazo no combate à inflação, estamos com mais de 12 milhões de desempregados e operar com um câmbio valorizado é um grave erro. A sobrevalorização do câmbio foi o maior erro do governo anterior e o principal causador da crise de hoje”, concluiu Zanotto.

Geral

A pesquisa da Fiesp também evidenciou que no mesmo período, a balança comercial brasileira acumulou superávit de US$ 47,7 bilhões se comparado aos US$ 19,7 bilhões de 2015. Já as  exportações do País registraram US$ 185,2 bilhões em 2016, valor 3,1% menor do que o obtido no mesmo período de 2015. Enquanto isso, as importações totalizaram US$ 137,6 bilhões, baixa de 19,8% contra o resultado apresentado em 2015.

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