Deficit da Previdência foi de R$ 149,73 bilhões em 2016; alta de 74,5%

Segundo o secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, a expectativa é que em 2017 o rombo nas contas da previdência chegue a R$ 180 bilhões

Nesta quinta-feira (26) o governo divulgou que o deficit da Previdência teve alta de 74,5%, segundo os cálculos da União. A negativa chegou a R$ 149,73 bilhões, ou seja, um valor bem maior que o de 2015, quando a taxa alcançou R$ 85,81 bilhões. Segundo a divulgação, o rombo equivale a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016.

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deficit da Previdência teve alta de 74,5%,
Foto: Divulgação
deficit da Previdência teve alta de 74,5%,

Outro levantamento apurado pelo Ministério da Fazenda, comandado por Henrique Meirelles, revelou que o defict da Previdência urbana foi inferior ao da rural. O primeiro teve uma taxa negativa de R$ 46,3 bilhões e a segunda de R$ 103,4 bilhões, o que significa 1,7% das somas monetárias do País.

De acordo com a Fazenda, o sistema previdenciário teve um total de R$ 507,9 bilhões gastos em despesas e faturamento de R$ 358,1 bilhões, de modo a refletir em um rombo real – descontada a inflação – de R$ 151,9 bilhões. Somente as despesas registradas equivalem a 8,2% do PIB.

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Segundo o secretário de Previdência Social, Marcelo Caetano, os principais impulsionadores pelos indicadores negativos são as questões estruturais e conjunturais do sistema previdenciário brasileiro, uma vez que, conforme a sociedade envelhece cresce o número de solicitantes do benefício da aposentadoria ao passo que diminuiu-se o número de desempregados, ou seja, há menos pessoas contribuindo para com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e mais beneficiários.

Expectativa

Ano novo vida nova? Não para o setor da previdência.  Segundo o secretário, o ano de 2017 ainda será de saldo negativo, a previsão para este ano é pior do que o ocorrido em 2016 e o valor pode chegar a R$ 180 bilhões.

Mesmo que a Reforma da Previdência, proposta pelo governo de Michel Temer, seja aprovada até dezembro, o impacto será mínimo para as contas do País diz o secretário, uma vez que a discussão vai ocorrer ao longo do ano, sem que nenhuma medida efetivamente prática seja posta em vigência no ano.

* Com informações da Agência Brasil

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