Dezembro registra recorde na venda de títulos do Tesouro

No mês passado, 19.240 novos participantes passaram a fazer parte do programa do Tesouro Nacional; número de investidores chegou a 401,8 mil

Títulos mais vendidos pelo Tesouro Nacional em dezembro foram os corrigidos pelo IPCA
Foto: Agência Brasil
Títulos mais vendidos pelo Tesouro Nacional em dezembro foram os corrigidos pelo IPCA

A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 1,715 bilhão em dezembro, de acordo com informações divulgadas pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (24). Este valor representa um recorde para os meses de dezembro, além do quarto maior resultado em todo o ano de 2016. O recorde mensal de vendas no ano passado ocorreu em janeiro, com R$ 1,848 bilhão.

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No mês passado, 19.240 novos participantes passaram a fazer parte do programa do Tesouro Nacional , fazendo com que o número de investidores ativos chegasse a 401,8 mil. Nos últimos 12 meses, o total de investidores ativos (que efetivamente possuem aplicações) aumentou em 71,8%.

Os títulos mais vendidos em dezembro foram os corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação oficial. Esses papéis concentraram o total de 51,6% das vendas no mês.

Na segunda colocação entre os mais vendidos ficaram os papéis vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), que responderam por 28% das vendas. Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 20,4% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 5 mil concentraram 73,5% do volume aplicado no mês.

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Com o resultado registrado em dezembro, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto subiu 3,7% em relação a julho, assim chegando a R$ 41,1 bilhões e superando a barreira de R$ 40 bilhões pela primeira vez. Isso aconteceu porque o Tesouro resgatou R$ 616,3 milhões no mês passado. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos.

Sobre o Tesouro Direto

O Tesouro Direto foi criado com a intenção de popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.

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A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.