Mesmo com retração, comércio eletrônico paulista fatura R$ 3,4 bilhões em 2016
Levantamento feito pela Fecomercio-SP registrou maior participação da capital no comércio eletrônico e no faturamento do varejo estadual
Por Brasil Econômico |
Levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), por meio de seu Conselho de Comércio Eletrônico e em parceria com a Ebit, mostrou que o comércio eletrônico voltou a decair no terceiro trimestre de 2016, após um período de alta no segundo trimestre. O setor faturou cerca de R$ 3,4 bilhões, tendo retração de 6,6% se comparado ao mesmo período de 2015.
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A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico Fecomercio-SP e Ebit, compara o faturamento mensal do e-commerce e das lojas físicas em 16 regiões, além de disponibilizar informações abrangentes ao número de pedidos, tíquete médio e variações nas vendas do setor.
No terceiro trimestre de 2016, a participação do e-commerce nas vendas do varejo paulista apresentou leve queda de 0,2 ponto porcentual, indo para 2,4%. Já o número de pedidos subiu 1,4% no período, passando de de 9,076 milhões para 9,201 milhões. Em contrapartida, o valor médio por pedido teve queda de 7,9%, indo de R$ 404,41 em 2015 para R$ 372,63 em 2016.
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De acordo com a assessoria econômica da Fecomercio SP, a desaceleração das vendas do varejo está cada vez mais perceptível tanto no varejo físico como no varejo eletrônico, sendo assim, um reflexo da inflação elevada, dos altos juros, do desemprego e da escassez de crédito.
No acumulado do ano o faturamento do comércio eletrônico caiu 4,4%, assim como no acúmulo de 12 meses até setembro, com 4,6%, pior resultado da série histórica. Diferente dos resultados negativos sofridos pelo comércio eletrônico, o varejo paulista cresceu 1,7%, o que representa leve recuo de 0,7% e queda de 2,8% nas vendas. Segundo a Federação, a variação desse comportamento pode ser explicada pela forte base de comparação, uma vez que o comércio eletrônico foi impactado pela crise econômica em 2015, enquanto o varejo paulistano passou a decair em 2014. Além disso, a variedade de produtos comercializados na internet tende a apresentar uma demanda mais flexível se comparada a itens de primeira necessidade, como alimentos e medicamentos. Devido a esses fatores, o varejo físico está se recuperando primeiro que os demais setores.
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Capital
O comércio eletrônico da cidade de São Paulo terminou o terceiro trimestre de 2016 com faturamento real de R$ 1,6 bilhão, ou seja, 17,9% maior em comparação ao mesmo período de 2015. Mais de 4,5 milhões de pedidos foram registrados na capital, com tíquete médio de R$ 353,01. Com os resultados positivos, a capital foi considerada a região com maior participação no comércio eletrônico no faturamento do varejo estadual, com 3,6%. Em seguida ficaram o litoral e Araraquara, ambos com 2,3%.
De acordo com a Fecomercio-SP e considerando o faturamento acumulado no terceiro trimestre de 2016, entre as 16 regiões analisadas pela PCCE, apenas a capital apresentou crescimento, com 17,9%. As 15 demais regiões tiveram retração, com destaques para Marília, Taubaté e litoral, com -37,3%, -31,4% e -30,3%, respectivamente. Ao que se diz respeito ao tíquete médio, Araraquara registrou o maior valor, com R$ 471,72, seguida de Sorocaba, com R$ 427,54 e São José do Rio Preto, com R$ 427,09.
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