Inflação para famílias de baixa renda recua e fecha 2016 em 6,22%

De acordo com o indicador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV, seis das oito classes de despesas tiveram aumento em suas taxas em 2016

Indicador registrou acréscimo na taxa de variação do grupo vestuário, que passou de -0,36% para 0,81%
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Indicador registrou acréscimo na taxa de variação do grupo vestuário, que passou de -0,36% para 0,81%

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre – FGV), registrou variação de 0,19%, taxa 0,13 ponto percentual acima se comparada a de novembro, que apresentou variação de 0,16%. Com esse resultado, o indicador apontou alta de 6,22% em 2016. Em dezembro do ano passado, o IPC-BR teve variação de 0,33%, ficando 6,18% mais próximo a taxa analisada pelo IPC-C1.

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De acordo com o IPC-C1 da IBRE, seis das oito classes de despesas apuradas pelo indicador  apresentaram alta em suas taxas de variação. O segmento de alimentação passou de queda de 0,36% para  alta de 0,26%. As despesas diversas evoluíram de -0,34% para 1,86%, assim como o vestuário que foi de -0,36% para 0,81%. Transportes, saúde e cuidados pessoais e educação, leitura e recreação, que antes possuíam taxas de 0,35%, 0,37% e 0,56%, obtiveram acréscimos significativos ao registrar 0,59%, 0,52% e 0,86%, respectivamente.

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Vale ressaltar que boa parte da variação e do aumento dessas taxas se deve a itens, como por exemplo, os laticínios, cigarros e roupas, que anteriormente estavam com queda de 4,26%, 0,84% e 0,35%, passando para -2,06%, 3,31% e 0,92%, na sequência. A gasolina também variou, indo de -0,13% para 2,21%, assim como os salões de beleza e shows musicais, que passaram de -0,13% e 0,76% para 2,21% e 1,43%, segundo o Ibre – FGV.

Em contrapartida com os acréscimos sofridos, houve decréscimo na taxa de variação de outros grupos, como habilitação e comunicação, que descaíram de 0,39% e 0,10% para -0,69% e 0,07%, respectivamente. Estima-se que itens como tarifa de eletricidade residencial e mensalidade de televisão por assinatura tenham contribuído para o resultado atual, já que diminuíram de 1,25% e 1,86% para -5,13% e 0,35%.

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Outro indicador que também apura inflação é o da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) que registrou em dezembro, alta de 0,72% no Índice de Preço ao Consumidor (IPC), resultado esse superior ao registrado em novembro, quando o indicador teve alta de 0,15%. A fundação identificou que o grupo de alimentação registrou alta de 0,27% em dezembro de 2016, sendo que no mês anterior, tinha apresentado queda de 0,92%.

O IPC medido pelo Fipe apurou ainda que os preços do transporte passaram de 0,42% em novembro para 0,53% em dezembro de 2016. Habitação e vestuário também apresentaram alta na comparação mensal, ao passarem de 0,34% e 1,05% em novembro, para 0,86% e 1,83% em dezembro do mesmo ano.

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