Confiança dos micro e pequenos empresários regride, aponta o SPC Brasil
Mesmo com os resultados negativos, SPC Brasil afirma que 64% dos empresários estão confiantes em relação aos negócios nos próximos meses
Por Brasil Econômico |
Após registrar dois meses seguidos de resultados positivos acima de 50 pontos, o Indicador de Confiança dos micro e pequenos empresários de varejo e serviços (PMEs) desenvolvido pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) voltou a regredir. Em comparação com os meses de novembro e dezembro de 2016, o indicador recuou de 50,2 pontos para 48,9.
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Quanto mais próximo de 100 o indicador da SPC Brasil e da CNDL estiver, mais otimista é o resultado. Na comparação anual com dezembro de 2015, o dado evoluiu de 40,0 pontos para os atuais 48,9. De acordo com o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a análise desse Indicador de Confiança é extremamente importante principalmente no momento atual, uma vez que é uma ferramenta essencial para a retomada da economia.
“A confiança ainda está longe de ser satisfatória e parece não encorajar o investimento, como apontam outros indicadores. É ela que pode induzir o investimento por parte das empresas, gerando empregos e estimulando o consumo, hoje em baixa por causa da recessão. No entanto, a consolidação da melhora da confiança dos empresários depende de cenários que ainda são fontes de incertezas: novas instabilidades políticas, avanço das reformas debatidas no Congresso e um ambiente externo favorável”, aponta em nota o presidente da CNDL.
Vale ressaltar que o Indicador de Confiança do SPC Brasil e da CNDL mostra informações baseadas nas avaliações dos micro e pequenos empresários diante das condições gerais da economia nacional e de acordo com os ambientes de negócios.
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Piora na economia
Em comparação com o mês de novembro de 2016, o subindicador de Condições Gerais avançou, ao passar de 30,8 pontos para 32,8 em dezembro, ficando abaixo dos 50 pontos estimados. Na comparação entre os meses de dezembro de 2016 e 2015, o indicador evoluiu de 26,3 pontos para 32, 8 pontos.
Cerca de 66,2% dos micro e pequenos empresários concordam com o resultado da avaliação que aponta a economia como o pior de todos os componentes que integram o indicador. Já 53,9% deles afirmam ter enfrentado períodos de dificuldades em relação aos avanços em seus negócios. Um grande percentual, ou seja, 69,8% desses empresários apontou a queda das vendas –devido à crise econômica – como fator crucial para essa piora.
“A melhora do desempenho da economia deverá ser gradual. Se confirmada a continuidade do processo de queda das taxas de juros, o recuo da inflação e o avanço de medidas importantes no Congresso, a confiança dos empresários pode aumentar e engajar o investimento, abrindo um novo ciclo de crescimento positivo da economia”, explica Pinheiro.
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Mesmo diante de um período desfavorável, tanto para a economia quanto para os negócios, as expectativas para o futuro são positivas. Em dezembro do ano passado, o Subindicador de Expectativas registrou 60,9 pontos, resultado considerado animador se comparado com dezembro de 2015, quando ele era de 50,3 pontos.
Ao que se diz respeito aos avanços, 63,9% dos micro e pequenos empresários se mostraram confiantes no desempenho de seus negócio para os próximos seis meses, enquanto 46,5% manifestam confiança na recuperação da economia. A pesquisa também evidenciou que 25,8% aguardam melhoras em alguns indicadores econômicos, sendo que 14,8% acreditam na amplitude do mercado consumidor brasileiro e 14,5% estimam soluções para a crise política. Cerca de 21,9% expuseram opiniões pessimistas sobre a situação econômica do País e 30,3% apostaram nas incertezas politicas como o fator de maior impacto na queda da confiança.
De acordo com 43,6% dos micro e pequenos empresários sondados, a expectativa é de que nos próximos seis meses o faturamento de suas empresas cresça. Em contrapartida, 41,6% não preveem nenhuma perspectiva de crescimento no mesmo período e apenas 10,4% projetam queda nas receitas durante os mesmos seis meses.
“Os entrevistados têm controle de sua empresa, mas não podem controlar a economia. Assim, diante da adversidade, o empresariado tende a acreditar que pode promover ajustes para atenuar o impacto da crise”, diz o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
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