Projeções: mercado sinaliza inflação de 4,87% para 2017 e PIB de 0,5%
Mercado financeiro aponta ainda que a Selic deve fechar 2017 em 10,25% ao ano, menor patamar dos últimos anos, segundo o Banco Central
Por Brasil Econômico | (*) |
Economistas de instituições financeiras consultado pelo Banco Central estimam que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fique em 4,87% este ano, índice maior que o sinalizado na última semana, quando a expectativa de inflação para 2017 era de 4,85%.
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Os dados apurados pelo Boletim Focus, do Banco Central, e divulgados semanalmente, apontam que a leve alta sinalizada agora não terá efeito negativo, já que o indicador mantém proximidade ao centro oficial da meta de inflação, que é de 4,5%.
A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, ou seja, do Produto Interno Bruto (PIB) – que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo País – permaneceu com crescimento de 0,50%. Para o fechamento de 2016, o PIB estimado pelos economistas consultados pelo Banco Central é queda de 3,49%.
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Selic
O atual cenário econômico faz com que o Banco Central faça cortes maiores na taxa básica de juros, a Selic este ano. A expectativa é que no final de 2017 a Selic seja de 10,25% ao ano. No Boletim Focus anterior, as instituições financeiras estimavam a Selic pouco mais alta, em 10,50%.
Nas duas últimas decisões, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano, após duas revisões para baixo do índice consecutivas. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 10 e 11 deste mês.
A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.
Demais indicadores
A expectativa para a taxa de câmbio caiu de R$ 3,50 para R$ 3,48, segundo as instituições consultadas pelo Banco Central. Já a projeção para o superavit da balança comercial em 2016 se manteve em US$ 47,1 bilhões. Para 2017, o superávit previsto aumentou de US$ 45,85 bilhões para US$ 46,98 bilhões.
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