Índice de Confiança de Serviços recua 1,8 ponto em dezembro, diz FGV
Com a terceira queda consecutiva, o Índice de Confianças de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas recua ao menor nível, registrando 75, 7 pontos
Com a terceira queda consecutiva, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,8 ponto, indo para 75,7 pontos em dezembro. Esse foi o menor nível registrado pelo ICS desde junho, contendo perdas de 4,9 pontos desde setembro de 2016.
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“As empresas do setor de serviços seguem no movimento de revisão, para baixo, das expectativas sobre a evolução dos negócios no curto prazo. Com avaliações sobre a situação corrente em patamar historicamente muito baixo e praticamente estáveis ao longo do segundo semestre, a curva de confiança passa a apresentar tendência de queda no último trimestre de 2016. A mensagem dos números da sondagem de serviços nesse final de ano é de que o setor deve prosseguir com fraco desempenho no início de 2017” relata o consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV/IBRE), Silvio Sales.
No setor de serviços,. 13 atividades foram pesquisadas, sendo que nove delas registraram quedas da confiança em dezembro. O Índice de Situação Atual (ISA-S) passou para 70,2 pontos, apresentando uma queda de 0,7 ponto. Já o Índice de Expectativas (IE-S) obteve recuo de 2,9 pontos, indo para 81,6 pontos.
O indicador de percepção com a Situação Atual dos Negócios registrou queda de 1,3 pontos, passando para 69,7 sendo considerado o maior contribuinte em relação à variação do ISA-S. Com um recuo de 3,8 pontos, indo para 83,1 pontos, Tendências dos Negócios para os seis meses seguintes, se destacou negativamente entre os integrantes do Índice de Expectativas (IE-S). O nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor de serviços possuiu uma variação de 0,1 ponto percentual, indo para 82,7% em novembro. No quarto trimestre, a média do NUCI foi registrada com 82,6%, ficando apenas 0,1% abaixo da média em comparação ao trimestre anterior.
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Análise Trimestral
No segundo e terceiro trimestres, o ICS possuiu um avanço de 9,4 pontos, contribuindo significantemente na melhora das expectativas da análise da evolução de indicadores-síntese. As expectativas registraram o acumulo de 16,8 pontos contra 1,9 ponto de aumento do ISA, porém a iniciativa de uma fase de calibragem interrompeu a recuperação da curva de confiança.
As avaliações das empresas em relação a situação corrente se mantiveram na ocupação de posições consideradas baixas, uma vez que baseadas em uma percepção realista sobre a evolução dos negócios. O ajuste, também abaixo das expectativas, sugere que o setor se alongue no processo de retomada do crescimento para que seja eficaz e não haja mais interrupções.
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