Consumidor pagará 10,19% a mais por produtos para ceia de Natal
Entre os itens com maior aumento de preço, destaque para azeite com alta no preço na ordem de 17,52%, o vinho com 16,95% e as frutas frescas com 16,91%
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O resultado, segundo a FGV/Ibre, supera a inflação média de 6,76%, acumulada nos últimos 12 meses medida em novembro , segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV. Entre os itens com maior aumento de preço próximo ao Natal , destaque para azeite com alta no preço na ordem de 17,52%, o vinho com 16,95% e as frutas frescas com 16,91%.
Segundo o coordenador do IPC do FGV/Ibre, André Braz, como se espera uma inflação para o ano abaixo de 7%, a alta de 10,19% nos produtos de época é real. “Quer dizer que esses produtos já vão pesar nos orçamentos comprometidos pela crise que a gente atravessa. O consumidor vai ter que usar, mais do que nunca, sua criatividade, para botar o mínimo na ceia”, disse Braz já que a alta dos preços vai ser sentida de imediato.
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“Ainda que a inflação esteja cedendo agora, com as taxas recuando, isso ainda é um desafio porque os alimentos acumulam uma gordura muito grande do tempo em que estavam subindo de preço e as famílias estão com a carteira vazia, porque tem muita gente desempregada”.
Presentes
Em contrapartida aos preços dos alimentos, o valor dos presentes apresentou recuo de 4,23% em 12 meses. A explicação para queda, segundo Braz, é que nesta categoria existe uma parcela muito grande de compras feitas de forma parcelada. “Ninguém está se comprometendo no longo prazo com essa taxa de juros alta, até porque está com medo de perder o emprego, quem ainda pode financiar, e não tem capacidade de pagar um produto influenciado por uma taxa de juros desse tamanho. Isso diminuiu muito o consumo de eletroeletrônicos”, explicou. Com isso, os preços não tiveram como avançar.
Para o economista da FVG/Ibre, o consumidor tem que ter cautela nesse período de compras de Natal e cuidado com o consumo sem planejamento. “Está mais na época da gente economizar dinheiro”. Braz recomenda que os consumidores deem preferência a bens que não ocupam muito espaço no orçamento, como vestuário, por exemplo. Essa categoria, segundo a pesquisa apresentou alta nos preços de 3,77% em 12 meses. “Dá para a gente presentear com coisas que cabem mais no bolso e não precisam de financiamento de longo prazo”.
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