
Na próxima segunda-feira, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai chegar à marca de R$ 1,8 trilhão. Este valor representa a soma dos impostos, taxas e contribuições que a população brasileira pagou desde o início de 2016. No ano passado, este valor foi atingido dois dias mais tarde, em 30 de novembro.
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O fato de o valor ter sido atingido com antecedência no Impostômetro em comparação a 2015 indica que houve uma arrecadação maior no ano atual. “Mas essa melhora não decorre da recuperação da economia. O governo até teve uma arrecadação maior no último mês por conta da repatriação, mas não existe, ainda, melhora do consumo. A atividade econômica, embora não esteja piorando, ainda sofre os efeitos recessivos”, afirma Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
O impostômetro
Inaugurado pela ACSP no ano de 2005, no centro da cidade de São Paulo, o painel tem a intenção de conscientizar as pessoas sobre a grande carga tributária que elas pagam todos os anos. A ideia é que isso sirva como um incentivo para que os cidadãos cobrem do governo maior qualidade na execução dos serviços públicos.
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Alguns outros municípios espalhados pelo Brasil se espelharam na ideia da ACSP e fizeram a instalação de painéis com o demonstrativos dos impostos dos respectivos locais. As cidades onde os dispositivos foram instalados são Rio de Janeiro, Florianópolis, Manaus, Brasília e Guarulhos.
Arrecadação
Dados divulgados nesta sexta-feira (25) pela Receita Federal apontam que a arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu o montante de R$ 148,699 bilhões em outubro, sendo o maior resultado para o mês registrado pela Receita Federal. No balanço, se for considerados todos os meses, pode-se dizer que esse foi o maior resultado desde janeiro de 2014, quando a Receita arrecadou R$ 153,210 bilhões.
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O valor arrecadado em outubro, que elevou o Impostômetro, foi influenciado pelo programa de regularização de ativos não declarados à Receita Federal, conhecido como Lei da Repatriação. Quem aderiu ao programa, teve de pagar 15% de Imposto de Renda sobre os valores e mais 15% de multa, somando 30% do montante regularizado. Se os recursos da repatriação forem excluídos dos números divulgados nesta sexta-feira (25), a arrecadação somou R$ 103,63 bilhões no mês de outubro.