
A taxa de juros do cheque especial permaneceu em alta no mês de outubro. O índice cresceu 4 pontos percentuais na comparação com setembro, chegando ao valor recorde de 328,9% ao ano – considerando a série histórica iniciada em 1994. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (24) pelo Banco Central.
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Em 2016, a taxa de juros do cheque especial já apresentou aumento de 41,9 pontos percentuais na comparação com o último mês do ano passado, quando foi registrado o patamar de 287% ao ano.
Rotativo do cartão
Após três mês consecutivos de alta, a taxa do rotativo do cartão de crédito – valor tomado pelo consumidor quando escolhe pagar menos do que o integral da fatura do cartão – foi reduzida em 3,9 pontos percentuais, chegando a 475,8% ao ano.
Segundo a pesquisa do BC, essas são as duas taxas mais caras e estão muito distantes dos juros médios do crédito para pessoa física, que ficaram em 73,7% ao ano no mês de outubro, com aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Inadimplência
A inadimplência do crédito para pessoas físicas ficou estável em 6,2%, pelo quinto mês seguido. São considerados atrasos acima de 90 dias.
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As empresas também tiveram variação na inadimplência. Ela subiu 0,1 ponto percentual, chegando a 5,6%. A taxa média dos juros cobrados das pessoas jurídicas foi para 30,4% ao ano, com alta de 0,6 ponto percentual.
Esses dados são referentes ao crédito livre, em que os bancos possuem autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas.
No caso do crédito direcionado, que envolve empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura, a taxa para as pessoas físicas caiu 0,2 ponto percentual, chegando a 10,2% ao ano. A taxa cobrada das empresas permaneceu estável, em 12% ao ano. A inadimplência das famílias permaneceu em 2% e das empresas subiu 0,5 ponto percentual para 1,8%.
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Ao contrário das taxas de juros, o saldo das operações de crédito concedidas pelos bancos teve queda de 0,5% de setembro para outubro, quando chegou a R$ 3,095 trilhões. Em 12 meses, o saldo das operações de crédito sofreu queda de 2%. Esse saldo correspondeu a 50,3% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB) –, ante o percentual de 50,8% registrado em setembro deste ano.
*Com informações da Agência Brasil