
Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 1,2% na passagem de outubro para novembro deste ano. Segundo a entidade, essa é a sétima alta consecutiva do indicador.
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Na comparação com novembro de 2015, a alta da Confiança do Empresário do Comércio foi de 23,5%. De acordo CNC, o índice chegou a 98,9 pontos, em uma escala de zero a 200. Portanto, o resultado ainda encontra-se em um patamar negativo, abaixo do nível de indiferença, que é de 100 pontos.
Otimismo
A CC identificou também que na passagem entre outubro e novembro, o que mais contribuiu para a alta foi a maior confiança do empresário no momento atual com 3,2%. O empresário está mais confiante na economia (aumento de 4,6%), no setor (2,2%) e em seus próprios negócios (2,3%).
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Os empresários também mostraram-se mais otimistas em relação ao futuro, com alta de 0,8%. Houve melhoras nas avaliações em relação à economia (1,1%), ao setor (0,9%) e aos seus negócios (0,5%).
As intenções de investimentos também apresentaram melhora entre outubro e novembro, com leve alta de 0,3%. Isso é reflexo de uma intenção maior de contratação de funcionários com alta de 0,4% e na melhor avaliação sobre a situação atual dos estoques com 0,7%. No entanto, há menos intenção de se investir na empresa, que no período apresentou retração de 0,4%.
Consumidores
Já a confiança do consumidor começou a dar sinais de cansaço. Após seis altas seguidas, o índice de Confiança do Consumidor (ICC) teve queda de 3,3 pontos e atingiu 79,1 pontos em novembro, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas.
A FGV informou ainda que, no período analisado, os consumidores brasileiros mostraram diminuição na satisfação com a atual situação em que vivem e em relação a expectativa para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) teve queda de 1,1 ponto se chegou a 67,9 pontos, o pior patamar do índice desde julho.
“O resultado de novembro resulta da calibragem de expectativas. Na falta de notícias positivas no front econômico e dada a contínua deterioração do mercado de trabalho, uma parcela dos consumidores brasileiros reduziu a confiança em relação à perspectiva de melhora no horizonte de seis meses” afirmou a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.
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