Brasil tem 22,9 milhões de trabalhadores subutilizados, diz IBGE
No segundo trimestre de 2016, o IBGE identificou que a taxa foi de 20,9%, o que representa alta entre um trimestre e outro de 0,3 ponto percentual e de 3,2 p.p em relação a 2015
Dados divulgados nesta terça-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontaram que a taxa composta de subutilização da força de trabalho fechou o terceiro trimestre em 21,2%, atingindo 22,9 milhões de pessoas em todo o País.
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No segundo trimestre de 2016, o IBGE identificou que a taxa foi de 20,9%, o que representa alta entre um trimestre e outro de 0,3 ponto percentual (p.p) e de 3,2 p.p em relação a igual trimestre de 2015, quando o indicador era de 18%.
A maior taxa composta da subutilização da força de trabalho foi observada no Nordeste, que, no terceiro trimestre, atingiu 31,4%, enquanto a menor foi registrada na região Sul com 13,2%. A Bahia obteve 34,1%, Piauí 32,6% e Maranhão e Sergipe – ambos com 31,9% foram os Estados com as maiores taxas identificadas no terceiro trimestre. Já os menores índices foram apurados em Santa Catarina com 9,7%, Mato Grosso com 13,2% e Paraná com 14,2%.
A taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação – pessoas ocupadas com uma jornada de menos de 40 horas semanais, mas que gostariam de trabalhar em um período maior, somadas às pessoas desocupadas –foi de 16,5%, somando 4,8 milhões de trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas e 12 milhões de desocupados. No segundo trimestre de 2016 essa taxa foi de 16% e, no terceiro trimestre de 2015, de 14,4%.
Resultado por regiões
A região Nordeste apresentou a maior taxa combinada de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas e desocupação com 22,9% e o Sul, a menor com 10,7%. Já a Bahia apresentou 26,2%, Sergipe atingiu 23,7% e Piauí e Paraíba, ambos com 22,9%, foram os Estados com as maiores taxas. Os menores foram observados em Santa Catarina com 8%, Mato Grosso com 10,6% e Paraná com11, 4%.
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Já a taxa combinada da desocupação e da força de trabalho potencial, que abrange as pessoas que gostariam de trabalhar, mas não procuraram trabalho, ou que procuraram, mas não estavam disponíveis para trabalhar, foi de 16,8%, atingindo 6,1 milhões de pessoas no terceiro trimestre. No segundo trimestre de 2016 essa taxa foi de 16,4% e, no terceiro trimestre de 2015, de 12,8%.
No Nordeste, a taxa combinada de desocupação e força de trabalho potencial foi de 23,6% e no Sul, ficou em 10,5%. Alagoas apresentou 25,4%, a Bahia com 24,9% e o Maranhão com 24,5%, foram os Estados com os maiores números. Os menores índices, segundo o IBGE foi observado em Santa Catarina com 8,1%, Rio Grande do Sul com 11,0% e Paraná com 11,4%.
Pesquisa
O indicador agrega a taxa de desocupação, a de desocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial e são apurados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua – Trimestral para Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, referentes ao trimestre encerrado em setembro e divulgadas pelo IBGE.
Os principais resultados da Pnad Contínua para o Brasil divulgados em outubro indicavam uma taxa de desemprego de 11,8%, resultado 0,5 ponto percentual superior aos 11,3% do trimestre encerrado em junho, que apontava 12 milhões de trabalhadores desocupados para uma população ocupada de 89,8 milhões de trabalhadores.
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