Empreendedorismo feminino: conheça histórias inspiradoras
Mesmo sendo a maioria no País, ou seja, 51,4% da população segundo o IBGE e estudarem, em média 7,8 anos –homens estudam 7,4 –, para conseguir se destacar no mercado, as mulheres tem remuneração 25% menor
Neste sábado ( 19) comemora-se o Dia Global do Empreendedorismo Feminino. A data, criada em 2014 pela Organização das Nações Unidas (OMU), tem como intuito fomentar o potencial das mulheres no mercado de trabalho e nos negócios, mercados esses predominantemente masculinos.
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Mesmo sendo a maioria no País, ou seja, 51,4% da população segundo o IBGE e estudarem, em média 7,8 anos – mais que os homens que estudam 7,4 –, para conseguir se destacar no mercado, as mulheres ainda sofrem com remuneração 25% menor que a dos homens. A previsão é que essa desigualdade tenha fim só daqui a 87 anos. Muito tempo, certo? Mas, isso não é motivo para que o empreendedorismo feminino deixa de crescer no País.
Aos poucos as mulheres começam a mudar essa situação e estudos comprovam que elas não fogem a luta. Atualmente elas correspondem por mais de 52% dos empreendedores no Brasil, sendo que 62,2% dessas empresárias abriram o negócio próprio por vontade e não por necessidade, segundo a pesquisa sobre empreendedorismo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Para inspirar milhares de mulheres do País, o Brasil Econômico listou algumas histórias de empreendedorismo.
Luiza Helena Trajano – Magazine Luiza
Hoje ela é a imagem por trás do sucesso da rede varejista Magazine Luiza. Há 25 anos ela assumiu o negócio da sua família em Franca, no interior de São Paulo, e hoje a rede atua em mais de 15 Estados brasileiros. Luiza Helena afirma comandar de perto e de olhos bem abertos todas as lojas da rede. O Magazine Luiza ficou conhecido pelo saldão em que abre a loja às 5 horas da manhã, isso há mais de 18 anos. Ela também é idealizadora da atendente Lu.
Monique Rodrigues – Clinicão
A veterinária Monique Rodrigues viu na criação da Clinicão, em 1993, em padronizar o atendimento aos animais de estimação. Hoje a Clinicão é a primeira rede de clínica veterinária a atuar no franchising. Para se diferenciar em um mercado tão competitivo como segmento pet, a empreendedora oferece ao seu franqueado sistema de gestão para facilitar a administração do negócio e focar no bem estar dos pacientes de quatro patas.
Nadia Benitez – Ginástica do Cérebro
A psicopedagoga Nadia Benitez sempre teve o sonho de empreender tanto que antes de fundar a Ginástica do Cérebro, ela vendeu um apartamento para comprar uma franquia de reforço multidisciplinar. Em 2013 fechou a loja que administrava para estudar e estruturar um negócio próprio. Foi então que em 2015 nasceu a Ginástica do Cérebro, especializada no desenvolvimento do potencial do cérebro humano através do curso de neuroaprendizagem.
Camila Porto - Criadora do curso Facebook Essencial
Camila Porto sempre teve a inquietação e a curiosidade em desvendar as redes sociais e seu potencial em vender produtos e serviços. Em 2011 Camila lançou seu primeiro curso online oferecendo treinamentos sobre Facebook Marketing para empreendedores, profissionais liberais, autônomos e curiosos sobre inovação. Apenas um amigo se inscreveu para o curso e de lá para cá mais de 6 mil pessoas passaram pelas salas de aula online de Camila. O seu sucesso é tamanho que a empreendedora já lançou até um livro, o “Facebook Marketing: Como gerar negócios na maior rede social do mundo”.
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Luiza Costa – Fundadora da Sóbrancelhas
Desde pequena Luiza Costa adora cuidar das suas unhas e das suas amigas e vizinhas, mas seu primeiro empreendimento foi um carrinho de lanches na cidade de Taubaté, interior de São Paulo. Chegou a virar uma lanchonete, mas infelizmente veio à falência após um tempo. Depois de amargar o retorno à casa dos pais que Luzia Costa começou a empreender novamente, desta vez, fabricando conservas e pirulitos. A sua grande sacada veio mesmo quando criou a Sóbrancelhas em 2013.
Elisa Duarte – franqueada da Pintura a Jato
No mercado de crédito há mais de 12 anos, Elisa Duarte sempre teve tino para negócio e concilia o seu cargo como diretora de marketing e Vendas Própria da Imediata Brasil com um negócio própria, uma franquia da Pintura a Jato. Ela decidiu investir no segmento de construção civil pelas experiências negativa que já teve com prestadores de serviços. “A agilidade do serviço, a tecnologia e principalmente o cuidado e a limpeza que apresentavam ali me conquistaram”, disse.
Andréa Abrahão - Fundadora da Direito de Ouvir
Ainda na faculdade, Andréa Varalta Abrahão, abriu um consultório e contratou uma fonoaudióloga, tornando-se estagiária da própria funcionária. Ao participar de um programa de doação de próteses auditivas, em Franca, no interior de São Paulo, ela viu o quanto às pessoas tinham esperado por aquela oportunidade e viu a oportunidade de empreender. Foi então que surgiu a Direito de Ouvir. O empreendimento virou franquia e em 2013 e um ano após, a empresa foi adquirida pela multinacional Amplifon. Hoje ela é sócia e diretora técnica da rede Direito de Ouvir.
Adriana Rios – franqueada da Dídio Pizza
Adriana era nutricionista da Dídio Pizza e seu tino de empreendedora a fez criar, paralelamente ao seu cargo na rede uma consultoria nutricional para o setor corporativo. O seu empreendimento durou alguns anos até que a rede de franquias convidou Adriana para ser a consultora exclusiva da rede. Pouco tempo depois veio à oportunidade de tornar-se franqueada, o que mudou a rotina da empresária. “A oportunidade de ter a unidade da Freguesia do Ó foi maravilhosa por que assim pude reorganizar meus horários e ter mais tempo para as minhas filhas”.
No País temos outros casos de empreendedorismo feminino. A presidente da Dudalina, Sônia Hess de Souza, assumiu a confecção de sua mãe e tornou a marca catarinense de camisas e meias um império no varejo têxtil. Em 2013, a empresária foi eleita pela revista americana Forbes a sexta mulher de negócios mais poderosa do Brasil.
A chilena Cencosud recentemente divulgou seus esforços em ter um número maior de mulheres em cargos de liderança da rede. No país, a empresa emprega mais mulheres (52%) e o número total de lideranças femininas na operação brasileira do grupo chega a 41%, o que corresponde a 1006 cargos, ou seja, maior do que a média global. Com essas e outras milhares de histórias de empreendedorismo feminino, fica evidente que empreender é para mulheres sim.
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