Arrecadação de impostos tem queda e soma R$ 94 bi, pior resultado em sete anos

O resultado representa uma queda real de 8,27% em relação ao mesmo mês de 2015, já descontada a inflação

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Montante arrecadado foi o menor em sete anos, afirmou a Receita Federal

A arrecadação do governo federal chegou a R$ 94,770 bilhões em impostos e contribuições no mês de setembro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (27) pela Receita Federal. O resultado representa uma queda real de 8,27% em relação ao mesmo mês de 2015, já descontada a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial utilizado pelo governo.

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De acordo com os dados do Fisco e analisando o critério em que a inflação é descontada, esse resultado é o pior para o mês de setembro desde 2009, ou seja, o menor em sete anos. No acumulado do ano, o governo arrecadou R$ 911,951 bilhões de janeiro a setembro de 2016, cifra maior do que a do ano passado quando atingiu R$ 901 bilhões, mas que representa uma queda real de 7,54 % na arrecadação de impostos depois de descontados os efeitos da inflação.

Leve melhora

Mesmo com a queda na arrecadação apurada em setembro, ela foi um pouco menor que a registrada em agosto, quando o queda superou os 10%. A arrecadação foi considerada pela receita federal a terceira maior queda do ano, sendo superada apenas pelos resultados de agosto, quando o indicador foi - 10,12 e fevereiro, com queda de 11,53%.

No acumulado do ano - janeiro a setembro - a arrecadação no País somou R$ 911 bilhões e na comparação com o igual período do ano anterior, apresentou queda real de 7,5%.

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A Receita Federal afirma que a queda na arrecadação está diretamente relacionada à forte recessão econômica em que o Brasil se encontra, somado a alta do desemprego — que segundo o IBGE atinge 12 milhões de pessoas. Outros fatores como inadimplência e queda na venda de produtos e serviços colaboram para a diminuição do montante arrecadado.

Longe da meta

O resultado do acumulado do ano da arrecadação de impostos no País dificulta ainda mais o cumprimento da meta fiscal, fixada em um déficit primário de R$ 170,5 bilhões. Em 2015 o rombo fiscal no Brasil somou R$ 115 bilhões e a perspectiva para 2017 é que seja bem superior e que chegue a R$ 139 bilhões.

* Com informações da Agência Brasil