Emprego cresce no varejo e setor vê melhorias para as vendas de Natal

Em agosto indicador medido pela FecomercioSP apontou 7.235 novos postos de trabalho no período

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Varejo criou mais de 7 mil novos empregos no mês de agosto

Pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apontou que o varejo de São Paulo gerou novos  7.235 postos de trabalho em agosto. Mesmo com o saldo positivo de novos empregos no setor, o estoque ativo de trabalhadores atingiu 2.071.063 no mês, redução de 3,1% na comparação com agosto de 2015.

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Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, essa variação é considerada uma tendência histórica motivada pelo pequeno número de demissões, já que agosto é o mês que antecede a data-base da negociação coletiva do setor. As empresas evitam demissões no período, uma vez que ela gera mais custos. Por lei, o empregado que for demitido sem justa causa nesse período tem o direito de receber indenização de um salário, conforme estipula a lei Lei Federal 7.238/14. Logo,  manter o emprego , é medida adotada pelo setor para conter gastos. 

 Mesmo com o saldo positivo em agosto, apenas duas das nove atividades analisadas pela Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2015, sendo elas: farmácias e perfumarias  coma lta de 1,9% e supermercados com 0,3%. Os destaques negativos foram os setores de concessionárias de veículos com queda de 7,3%, as lojas de móveis e decoração com saldo negativo de 7,2%) e das lojas de vestuário, tecidos e calçados com saldo negativo de 6,9%.

Cargos e funções

Com relação aos dados por ocupações, as funções que abriram mais vagas no mês foram as de vendedores e demonstradores (3.657 postos de trabalho), seguidos por caixas, bilheteiros e afins (958 vagas). Em doze meses, o cargo que mais perdeu vagas foi também o de vendedores e demonstradores, com -13.265 vagas, seguido pelos escriturários em geral com o fechamento de 7.413 postos de trabalho. Quase 25% dos empregos perdidos nos últimos doze meses eram ocupados por trabalhadores com nível de liderança do quadro funcional, como gerentes, supervisores e diretores.

Perspectivas 

Com isso, a Federação pondera que a geração de empregos celetistas se mostra em recuperação em relação ao ano passado e consolida-se no segundo mês consecutivo. Outra boa notícia é que se verificou o maior nível de admissões desde março deste ano (71.908 contratações). Para a Entidade, essas são tendências positivas resultantes de uma melhoria na conjuntura econômica, muito atrelada a melhores expectativas de consumidores e empresários em relação ao futuro. Essas pequenas recuperações melhoram as perspectivas para as vendas do Natal.

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