Greve dos bancários tem crescimento de 13% no terceiro dia

Ao todo, 8454 agências e 38 centros administrativos tiveram paralisação em suas atividades; número representa o total de 35,91% das agências do Brasil

Foto: Diuvlgação
Entre as reivindicações da greve dos bancários está a valorização do piso salarial

Nesta quinta-feira (8), terceiro dia de greve dos bancários, 8454 agências e 38 centros administrativos tiveram paralisação em suas atividades. O número representa o total de 35,91% das agências do Brasil, registrando um crescimento de 13% em relação ao primeiro dia da mobilização, na terça-feira (6). 

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O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, lembrou que a organização acompanhou a paralisação nas federações e sindicatos do Comando desde o início do dia. “Logo as notícias começaram a chegar cheias de novidades boas. A adesão estava sendo maior, o feriado não tinha influenciado nossa mobilização, as dúvidas a respeito da proposta dos bancos, causada por um comunicado infeliz da Fenaban querendo enganar os trabalhadores, estavam sanadas e a indignação causada por este comunicado tinha resultado em mais gente na luta", afirmou. "Ao final do dia, pudemos constatar, pelo aumento expressivo da greve , que o movimento está no caminho certo", completou Osten. 

O Comando Nacional terá nova reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na manhã desta sexta-feira (9). O encontro foi solicitado pela bancada patronal após uma grande mobilização no primeiro dia de paralisação.

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Osten ainda ressaltou a forte movimentação da categoria, que conseguiu a rodada de negociação. “Disto não temos dúvida. Esperamos agora que os bancos revejam sua proposta, tragam garantias de emprego, de saúde, de segurança para seus trabalhadores. Esperamos sinceramente que os bancos queiram rever o seu processo de estabelecimento de metas e a forma da cobrança destas metas - não dá mais para ter que adoecer em troca de salários. Esperamos que todos e todas tenhamos oportunidades iguais e não queremos ver as mulheres sendo discriminadas nos salários e nos cargos da carreira bancária. Não é pedir demais. Os bancos ganham muito. Tem lucros fabulosos". 

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O que eles pedem?

Os bancários colocam, entre suas reivindicações da greve, a valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, PLR de três salários mais R$ 8.317,90 e outras condições.