
O modelo de concessão dos aeroportos brasileiros utilizado durante o governo de Dilma Rousseff foi equivocado, de acordo com Maurício Quintella, atual ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Ele acredita que o trabalho, da forma que foi feito, foi responsável pela inviabilização da Infraero e, por isso, está sendo discutido um modelo adequado, para que a concessão não cause nenhum tipo de prejuízo financeiro à estatal.
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Segundo o ministro, a Infraero foi prejudicada e teve perdas de receitas, sendo obrigada a fazer o pagamento de outorgas e até mesmo se responsabilizar por funcionários que não chegaram a trabalhar para os novos operadores.
Indefinição
Apesar da discussão sobre o novo modelo já estar em pauta, ainda não houve a definição por parte do governo de como será o trabalho da estatal quando for concretizada a concessão dos novos aeroportos, localizados em Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. A previsão é que os leilões seja feitos após o mês de outubro. O ministro afirma que a empresa não pode ficar com aeroportos que simplesmente não dão lucro e que não geram receita e, ao mesmo tempo, priorizar "a parte boa".
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Ainda de acordo com Quintella, também não foi definido se haverá a privatização dos aeroportos Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo. O ministro deixa a questão em aberto, afirmando que "eles podem ou não entrar no programa". Além disso, ainda acrescenta que "há uma perspectiva de um outro modelo com uma empresa de economia mista".
O objetivo da empresa, segundo o ministro, é fazer o corte de gastos, de forma a enxugar rapidamente o prejuízo que foi acumulado ao longo dos dois últimos anos. A meta da estatal é que 1,4 mil funcionários sejam dispensados por meio do Programa de Demissão Voluntária até o final de 2016. Já foram liberados, durante esse ano, R$ 50 milhões para este fim.
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Uma outra hipótese que a Infraero avalia é a criação de pacotes de concessão que incluam aeroportos regionais e de grande porte – ideia que foi inicialmente apresentada pelo governo de Mato Grosso.