Atividade no comércio encolhe 8,3% no primeiro semestre, aponta Serasa
Para especialistas, retração foi causada pela elevação da taxa de desemprego e pelo baixo nível de confiança do consumidor
Ainda que indicadores antecedentes de atividade comecem a esboçar alguma melhora na margem, as indicações são de queda na comparação com prazos mais longos e nos confrontos de desempenhos acumulados. A atividade do comércio, por exemplo, caiu 8,3% no acumulado dos primeiros seis meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade.
Economistas da instituição lembram que este foi o pior desempenho do setor varejista em toda a série histórica do indicador, superando a queda de 6,9% no primeiro semestre de 2002, época em que o País vivia a "Crise do Apagão".
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Para eles, a forte retração da atividade varejista no primeiro semestre de 2016 é explicada pela elevação contínua da taxa de desemprego, pelo grau deprimido dos níveis de confiança do consumidor e também por condições mais restritivas de crédito.
A maior retração no primeiro semestre deste ano deu-se no segmento de veículos, motos e peças , que registrou queda de 17% frente ao primeiro semestre do ano passado. A segunda maior queda foi de 13,9%, observada no movimento dos consumidores nas lojas de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Houve recuo também significativo, de 13,3%, nas lojas de móveis, eletroeletrônicos e equipamentos de informática.
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Retrações menores ocorreram nas lojas de material de construção (6,4%) e nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (7,5%). "Somente o segmento de combustíveis e lubrificantes conseguiu encerrar o primeiro semestre no azul, com alta de 4,3% em relação ao primeiro semestre do ano passado", observaram os economistas da Serasa.
* Com informações da Agência Estado.