Padilha defende terceirização e é aplaudido por empresários em evento em SP

Ministro chefe da Casa Civil afirmou que a reforma trabalhista, englobando a terceirização, virá logo após a previdenciária

Foto: Aloisio Mauricio/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 16.6.16
Ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, participou de almoço com empresários em São Paulo

O ministro chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, defendeu nesta quinta-feira (16) durante um almoço com empresários do Grupo de Líderes em São Paulo (LIDE) em São Paulo, a aprovação com rapidez do projeto de lei que está no Senado sobre terceirização de funcionários por empresas. A proposta é combatida por entidades sindicais .

Os convidados aplaudiram o ministro quando ele defendeu que o acordado prevaleça sobre a legislação. "Na década de 1940, quando se pensa no que era a legislação trabalhista, vê-se que era indispensável. Só que a década de 40 ficou para trás há muito tempo. Temos de olhar rumo ao amanhã", afirmou.

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Dura negociação e "time dos sonhos"

Ainda segundo o chefe da Casa Civil, a "sobreposição" do pactuar sobre o legislar é uma tendência mundial. "Não estamos inventando a roda. É do mundo." Padilha prometeu aos empresários que a reforma trabalhista será feita logo depois da previdenciária.

Em outra frente, o Ministério do Trabalho está enfrentando uma dura negociação com as centrais sindicais para chegar a um consenso sobre os pontos de uma reforma trabalhista. "Temos de formalizar o emprego e caminhar no rumo da terceirização. Aquele projeto que está no Senado tem que ser votado com alguma rapidez." O projeto permite que empresas contratem terceirizados para atividades-fim. Ou seja, os empresários poderiam contratar funcionários terceirizados para a atividade original da companhia.

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Padilha também ressaltou aos empresários o "time dos sonhos" montado por Temer para comandar a economia. Ele afirmou que o presidente recebeu da gestão Dilma um "desarranjo administrativo" e que é necessário racionalizar receitas e despesas além da distribuição de receitas entre União, Estados e municípios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.