Maior taxa para maio desde 2008, inflação sobe com “ajuda” de alta na habitação

IPCA acumula variação de 4,05% nos primeiros 5 meses do ano; acumulada em 12 meses é de 9,32%, segundo o IBGE

Foto: Renato S. Cerqueira/Futura Press - 20.10.2015
Principal contribuição para a alta de maio veio do grupo habitação, que subiu 1,79%

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA voltou a subir, fechando o mês de maio em 0,78%, resultado 0,17 ponto percentual superior ao de abril, que foi de 0,61%. Esta é a taxa mais elevada para os meses de maio desde 2008, quando atingiu 0,79%.

Os dados relativos ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, foram divulgados nesta quarta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com a alta de maio, o IPCA passa a acumular variação de 4,05% nos primeiros cinco meses do ano, resultado, no entanto, inferior em 1,29 ponto percentual aos 5,34% de igual período em 2015.

O IPCA acumulado dos últimos doze meses (a taxa anualizada) ficou em 9,32%, ligeiramente acima dos 9,28% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015, o IPCA fechou em 0,74%.

A principal contribuição para a alta de maio veio do grupo habitação, que subiu 1,79%, e colaborou com 0,27 ponto percentual para o IPCA do mês, tendo como principal contribuição para a aceleração do grupo a taxa de água e esgoto, com alta de 10,37%. Foi o item de maior contribuição individual no mês, com 0,15 ponto percentual.

Ainda no grupo habitação, outros itens importantes exerceram pressão no IPCA do mês: energia elétrica (2,28%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de limpeza (0,85%) e condomínio (0,79%). Energia elétrica, com alta de 2,28%, também exerceu pressão sobre o grupo habitação.