Produção de petróleo recua em fevereiro em tentativa de elevar preços, diz Opep
Organização informou sobre esforços dos grandes produtores mundiais em negociar limites de produção da commodity
Por Estadão Conteúdo |
14/03/2016 13:04:44
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou que seus Estados-membros exploraram menos em fevereiro, em meio aos esforços dos grandes produtores em negociar um acordo que coloque limites na produção e eleve os preços da commodity.
Em fevereiro, a produção dos países-membros da Opep caiu para em cerca de 175 mil barris por dia (BPD), para 32,28 milhões de barris de BPD. A queda foi puxada por recuos na exploração no Iraque, na Nigéria e nos Emirados Árabes Unidos. As informações constam no relatório mensal da organização.
Houve queda também na exploração da Arábia Saudita. O país disse ao cartel que sua produção caiu de 10,23 milhões de BPD em janeiro para 10,22 milhões de BPD em fevereiro. No entanto, fontes secundárias da Opep disseram que a produção do país foi de 10,143 milhões de BPD.
Por sua vez, a produção do Irã, baseada em fontes secundárias como analistas e executivos da indústria, subiu 187,8 mil barris por dia, para 3,132 milhões de BPD. A Opep informou ainda que a demanda por petróleo do cartel ficou em 31,5 milhões BPD neste ano, abaixo, portanto, da produção atual. Já a oferta global de petróleo caiu 210 mil BPD em fevereiro, para a média de 92,73 milhões de BPD.
A produção de países de fora do cartel também caiu em fevereiro, em 40 mil BPD. A Opep estima que, ao longo de 2016, o recuo dessa exploração seja de 700 mil barris, para a média de 56,39 milhões de BPD.
A Opep disse ainda que a demanda mundial de petróleo, que viu um crescimento espetacular no ano passado, vai avançar em 1,25 milhão de BPD em 2016. O relatório vem ao mesmo tempo que os preços do petróleo experimentam uma recuperação.
Depois de cair para menos de US$ 30, o menor nível desde 2003, os preços do barril recuperaram o nível de US$ 40, depois que os ministros de Energia da Arábia Saudita e Rússia - os dois maiores exportadores da commodity - concordaram em congelar a produção nos níveis de janeiro caso todos os membros façam isso. Fonte: Dow Jones Newswires.