Consumidores veem economia pior do que em 2015

Na divisão por classe de renda, o estudo mostrou que a classe A/B é a mais pessimista com a economia brasileira, com 83%

Foto: Marcelo Camargo/ABr
Pessimismo para com a economia é maior no Sudeste, onde o porcentual foi de 78%


Consumidores brasileiros acreditam que a atual situação econômica está pior do que a do ano passado. Levantamento realizado pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) chamado Pesquisa Hábitos de Consumo - Dia Mundial do Consumidor 2016 mostra que, do total de 504 entrevistados, 73% têm essa opinião, 17% avaliam que está igual e para 10% está melhor.

O pessimismo para com a economia é maior no Sudeste, onde o porcentual foi de 78%, em comparação a 74% no Centro-Oeste e também no Sul, 73% no Nordeste e 50% no Norte.

Na divisão por classe de renda, o estudo mostrou que a classe A/B é a mais pessimista com a economia brasileira, com 83%. Logo em seguida vêm as classes C e D/E, ambas com 74%. Por sexo, as mulheres são mais pessimistas (80%) do que os homens (70%).

Na análise das questões mais preocupantes, o desemprego é o mais citado (57%), seguido da inflação (23%), da diminuição da renda (11%) e da redução das linhas de crédito (9%). Por região, a Norte é a que mais se preocupa com o desemprego (71%) e por classes, as D/E (67%).

No entanto, quanto à sua própria situação financeira, os consumidores estão otimistas: 88% consideram que suas finanças pessoais em 2016 estarão melhor ou no mesmo nível do ano anterior, enquanto para 12% as finanças estarão piores este ano. Ainda no estudo, 48% deles consideram que as contas estão equilibradas, embora uma fatia expressiva (42%) gaste mais do que recebe. O estudo mostrou também que 46% consideram-se "equilibrados" em relação a seus hábitos de consumo.

A pesquisa foi realizada de 2 a 23 de fevereiro, com 504 consumidores usuários do site Consumidor Positivo. Para leitura geral dos resultados, deve-se considerar 95% de grau de confiança e margem de erro de 4%, para mais ou para menos.