Preço de hortaliças têm alta nos mercados atacadistas

Aumento nos valores era esperado para o período em função das condições climáticas desfavoráveis para a produção

Foto: LEO FONTES / O TEMPO
Hortaliças têm preço em alta nos atacados


As principais hortaliças comercializadas nas centrais de abastecimento (Ceasas) no país tiveram alta nos preços em janeiro. O aumento foi constatado no 2º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016, divulgado nesta terça-feira pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O tomate chegou a registrar alta de 84% e a cenoura de 65%.

Segundo a Conab, a elevação nos preços das hortaliças era esperada para o período em função da menor oferta de produtos provocada pelas condições climáticas desfavoráveis para a produção.

O tomate registrou alta de 84,6% no Rio de Janeiro e de 70,5% no Espírito Santo. A menor alta da cenoura ocorreu no Rio de Janeiro (14,5%), enquanto a maior foi em Campinas: 65%. Também acompanharam o movimento de alta a batata (20,5% em Campinas) e a alface (37,2% em São Paulo).

No caso das frutas, o aumento dos custos de produção  em 2015 tem preocupado o setor e a tendência é de alta para os próximos meses. Ainda segundo o boletim, as altas temperaturas e a restrição de irrigação provocam baixa produtividade ocasionando a tendência de reajuste de preços.

Chuvas

A banana teve boa produtividade em algumas regiões. No entanto, as chuvas em determinadas áreas produtoras afetaram a qualidade e produtividade. A fruta registrou alta de 33,8% no Rio de Janeiro e queda de 15% no Paraná. A laranja teve redução de preços de 9,6% em São Paulo e alta de 28,5% no Paraná.

O boletim divulgado hoje pela Conab acusa também a comercialização dos hortigranjeiros em 2015. Foram ofertados 15,8 milhões de quilos de produtos hortigranjeiros nas centrais de abastecimento em todo o país, movimentando mais de R$ 30 bilhões.

A quantidade vendida apresenta queda de 2,1% em relação a 2014, mas houve aumento de 4,6% no valor transacionado. A redução na quantidade é explicada por questões climáticas e aumento no custo dos insumos, por exemplo.

O levantamento é feito nos mercados atacadistas por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná e Ceará.