Comércio do Rio perde quase R$ 7 bilhões por feriados

Centro da cidade é a parte mais afetada pelos 15 feriados que diminuirão o fluxo de compras na capital fluminense em 2015

Foto: Agencia Brasil/reprodução
Comércio no Saara


Os 15 feriados deste ano provocarão perda de R$ 6,813 bilhões no faturamento do comércio da capital fluminense, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio).

Por dia parado, a perda média foi estimada em R$ 381 milhões. Os números são baseados em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram corrigidos para 2016.

Segundo Aldo Gonçalves, presidente do CDL Rio, são dez feriados nacionais, três estaduais e dois municipais, sendo que 11 deles caem em dias úteis e alguns, que  ocorrem em terça-feira ou quinta-feira, têm a possibilidade de “enforcamento”.

O comércio mais prejudicado com essa prática é o do centro da cidade, que fica deserto. As áreas com maior fluxo de turistas também sofrem, mas em menor escala. “Como o Sindicato dos Lojistas tem um acordo, uma convenção coletiva com o Sindicato dos Empregados do Comércio, as lojas podem abrir mas, dependendo da localização e do ramo do negócio, não compensa abrir”, explicou Gonçalves. Para as lojas que abrem, isso tem um custo, porque significa pagar horas extras trabalhadas, alimentação para os funcionários, entre outros gastos.

Gonçalves acredita que a maior parte das compras feitas no comércio acontecem por impulso: “Quem não comprou hoje, não significa que vai comprar amanhã. A perda do faturamento de um dia não tem retorno no dia seguinte. A não ser em caso de compra de remédio”.

O presidente do CDL Rio defende que, a exemplo do que ocorre em países estrangeiros, como os Estados Unidos, feriados sejam considerados pontos facultativos, sem implicar no fechamento do comércio. Segundo Gonçalves afirmou apenas repartições e colégios não funcionam nos pontos facultativos.