Vendas por meio de consórcios no País tiveram alta de 1,9% em 2015
Valores das negociações de janeiro a novembro somaram R$ 79,74 bilhões, 13,5% acima do que no mesmo período de 2014
A procura de consórcios para aquirir casas, veículos e eletrodomésticos cresceu 1,9%, de janeiro a novembro do ano passado, com o registro de 2,15 milhões de novas adesões e negócios, que somaram R$ 79,74 bilhões, 13,5% acima do verificado no mesmo período em 2014. Na mesma base de comparação, o volume de crédito disponibilizado alcançou R$ 36,86 bilhões, com alta de 7,3%.
Os dados do balanço da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac) mostram que, apesar do desaquecimento da economia, este foi um setor em recuperação já que, em 2014, as vendas tinham recuado 7,9%.
A maior alta, no acumulado até novembro de 2015, foi verificada no segmento de veículos, com aumento de 9,4% no total de crédito disponibilizado (R$ 30,93 bilhões) sobre 2014. No mesmo período do ano anterior sobre 2013, houve recuo de 7,7%. Esse valor correspondente a quase um terço (27%) de participação sobre o volume geral do setor no mercado interno.
Já o montante referente aos novos contratos subiu 3,4% atingindo R$ 53,95 bilhões. Entre as modalidades em alta estão os veículos leves (automóveis, utilitários e caminhonetes) com alta de 8,8% e de veículos pesados (caminhões, tratores e implementos rodoviários e agrícolas) com aumento de 11,4%.
A demanda por cotas de imóveis também cresceu, mas em ritmo maior do que a dos consórcios de veículos, com avanço de 41,5%. No entanto, o volume financeiro total das vendas foi menor do que o do setor automotivo (R$ 25,67 bilhões). Comparando-se aos novos contratos de imóveis, em 2014, houve crescimento de 43,1%. Já a quantia liberada caiu 2%, passando de R$ 5,98 bilhões para R$ 5,86 bilhões.
Em relação aos eletrodomésticos e outros bens móveis duráveis foram registradas retrações de 15% nas vendas de cotas (de 14 mil para para 11,9 mil); recuo de 13,1% no total comercializado (R$ 58,74 milhões). Os créditos disponibilizados tiveram baixa de 15,8% com R$ 39,36 milhões.
Por meio de nota, o presidente da Abac, Paulo Roberto Rossi, afirmou que ”parcela significativa de brasileiros tem considerado, inicialmente, pesquisar, analisar e comparar custos para depois decidir. As dificuldades [econômicas] persistem, porém o brasileiro as enfrenta com atenção máxima ao seu orçamento e, com inteligência e planejamento financeiro, vem optando pela formação de poupança com objetivo definido, uma das características da modalidade”.
Quanto à expectativa para 2016, a Abac argumenta que ainda é cedo para definir tendências, preferindo fazer uma análise do desempenho do mercado após o encerramento do segundo bimestre deste ano.