Preços da indústria desaceleram e fecham com deflação em novembro
Dentre as 24 atividades da indústria, 12 apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês de outubro
Os preços da indústria fecharam novembro de 2015 com forte desaceleração, caindo 2,05 pontos percentuais em relação a outubro. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativos ao indicador Preços ao Produtor (IPP) – Indústrias Extrativas e de Transformação -, em novembro a taxa fechou com deflação (inflação negativa) de 0,28%, depois de ter registrado em outubro alta de 1,77%.
Com o resultado de novembro, o IPP passou a acumular nos nove meses do ano (janeiro a novembro) alta de 9,35%, também registrando desaceleração em relação aos 9,66% do acumulado até outubro. A taxa acumulada dos últimos doze meses (a inflação anualizada) também desacelerou entre um mês, caindo de 10,89% para 9,55%, entre outubro e novembro.
Variações
Os dados do IBGE indicam que, entre as 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, 12 apresentaram variações positivas de preços, contra 18 do mês anterior. O Índice de Preços ao Produtor das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semi-duráveis e não duráveis).
O item bens de capital fechou novembro de 2015 com inflação negativa de 0,22% frente a outubro; bens intermediários em -0,76%; bens de consumo em 0,5%. Desmembrada, esta categoria acusou deflação de 0,15% em bens de consumo duráveis e de 0,71% em bens de consumo semi-duráveis e não duráveis.
Segundo o IBGE, em novembro, 12 das 24 atividades apresentaram variações positivas de preços em relação ao mês imediatamente anterior, contra 18 do mês de outubro. As quatro maiores variações foram em indústrias extrativas (-10,08%), madeira (-2,74%), calçados e artigos de couro (-2,54%) e bebidas (-2,11%). Já as maiores influências para a deflação do IPP de novembro para outubro foram exercidas pelas indústrias extrativas (-0,33 ponto percentual), refino de petróleo e produtos de álcool (0,18 pontos), alimentos (0,08 pontos) e outros produtos químicos (-0,07 pontos percentuais).
Já no resultado acumulado no ano, as maiores variações deste indicador vieram de outros equipamentos de transporte (31,13%), fumo (29,52%), papel e celulose (23,56%) e outros produtos químicos (15,03%). As maiores influências para a alta de 9,35% de janeiro a novembro vieram de alimentos (2,57 pontos percentuais), outros produtos químicos (1,56 pontos), papel e celulose (0,80 pontos) e outros equipamentos de transporte (0,66 pontos percentuais).