Campanha de bancos alerta sobre os riscos de tornar públicos na web dados pessoais
A espionagem na internet ganhou projeção nas últimas semanas desde que o jornal britânico "The Guardian" revelou a história de Edward Snowden, um técnico que trabalhava na NSA, a agência americana de segurança, que acusou empresas de internet, como Facebook , Google e Microsoft, de fornecerem dados privados de seus clientes ao governo dos Estados Unidos
O escândalo fez com que o vídeo de uma campanha da Febelin, a federação dos bancos da Bélgica, lançado no fim do ano passado, voltasse a ganhar força entre os internautas. Até a quarta-feira (17), os compartilhamentos no YouTube haviam passado pelo 9,7 milhões.
O vídeo mostra como um ator, que se passa por um vidente, consegue ler a mente das pessoas e descobrir suas intimidades. As informações são tão pessoais e precisas que todos reagem com completo espanto.
Dave, o nome do personagem, conta a uma das consulentes que sua vida amorosa é interessante, "com três, quatro pessoas." A uma outra pessoa, ele pergunta sobre o músculo lesionado. Uma moça reage com um grande susto quando ouve do vidente o comentário sobre os 300 euros gastos com roupas.
Na segunda fase do filme, Dave começa a falar sobre os dados bancários das pessoas que se consultaram com ele. Quem não ficaria surpreso ao ouvir de um estranho o número da conta bancária ou o valor exato da casa que está à venda?
Até que o truque do charlatão é revelado. Os tecidos que envolvem a tenda onde Dave faz seu atendimento caem e surgem vários hackers mascarados, plugados a computadores e xeretando a vida daquelas pessoas. O aviso da Febelin é claro: Sua vida toda está online. E pode ser usada contra você".
Em tempos de Snowden e o escândalo sobre as ações nada discretas do serviço secreto americano, inclusive no Brasil, o alerta com cara de premonição – já que foi feito há quase um ano, bem antes do escândalo de espionagem – é mais do que oportuno.