Valores solicitados em empréstimo PJ caem no último lockdown

Procura por crédito PJ caiu pelo menos 70% no país, mesmo com aumento de restrições em alguns estados

Foto: Redação 1Bilhão Educação Financeira
Valores solicitados em empréstimo PJ caem em quase todos os setores no último lockdown

Um levantamento realizado pela BizCapital, fintech de soluções financeiras para pequenas e médias empresas, revelou que os valores solicitados em empréstimos pelas PMEs diminuíram em quase todos os setores no mês de abril de 2021, quando comparado com o mês imediatamente anterior. Enquanto no primeiro lockdown, em 2020, o setor que apresentou maior redução no número de pedidos de empréstimo foi o agropecuário, no segundo, em 2021, o setor que apresentou a maior queda nos pedidos de empréstimo foi o industrial.

Ainda segundo o estudo da BizCapital, entre março e abril de 2020, a procura por crédito PJ caiu drasticamente, diminuindo o número das solicitações em mais de 70% em todo o país. Após a retração anterior ao primeiro lockdown, a procura por empréstimo empresarial voltou a subir ao longo dos meses seguintes, quando alcançou os níveis anteriores ao primeiro período de isolamento social.

Empréstimos

Cristiano Rocha, diretor de crédito e cofundador da BizCapital, comenta que a expectativa das PMEs era começar o ano garantindo a saúde financeira e crescimento sustentável do negócio, mesmo durante um período de crise, mas a realidade foi outra.

“Quando a pandemia levou as empresas a fecharem suas portas e tornarem seu trabalho remoto pela primeira vez, foi um momento de muita incerteza para os empreendedores brasileiros. Hoje, passado um pouco mais de um ano desde o primeiro lockdown, ainda é possível observar os efeitos da crise nos pequenos e médios negócios. Apesar da chegada da vacina ter trazido grandes expectativas de melhora no setor, a nova onda da Covid-19 e o novo lockdown em algumas regiões do país interrompeu, mais uma vez, a retomada dessas empresas. É como se estivessem se reerguendo, mas precisassem parar e esperar de novo”, explica Rocha.