Adoção de criptomoedas pelo mercado depende de economia forte, diz especialista

Edino Ribeiro Garcia é especialista tributário da SynchroO post Adoção de criptomoedas pelo mercado depende de economia forte, diz especialista apareceu primeiro em 1 Bilhão Educação Financeira.

Foto: Redação 1Bilhão Educação Financeira
Adoção de criptomoedas pelo mercado depende de economia forte, diz especialista

Após o anúncio da aquisição de US$ 1,5 bilhão em bitcoins pela Tesla ter sacudido tanto o câmbio desses ativos, quanto as ações da própria companhia, a especulação sobre a proximidade da adoção efetiva das criptomoedas pelas empresas voltou à tona.

A afirmação é de Edino Ribeiro Garcia, especialista tributário da Synchro, para quem não se pode desconsiderar o movimento de uma das companhias mais valiosas do mundo em direção às moedas virtuais, porém, a alta volatilidade desses ativos, que tiveram uma subida recorde de 17% no domingo e, já na terça-feira, despencaram 20%, mesmo percentual de desvalorização da Tesla na bolsa atualmente, mostram que essa modalidade de investimentos ainda está longe de se concretizar para um mercado que atravessa uma crise estrutural como a pandêmica. 

“A companhia de Elon Musk explicou que decidiu investir parte de seus rendimentos em bitcoins por considerá-los ativos de reserva, tal qual barras de ouro, por exemplo, apostando num futuro em que as criptomoedas serão aceitas também como meios de pagamento e, consequentemente, se valorizarão”, disse.

E acrescentou: “ou seja, independente da evolução do investimento, a companhia passa uma segurança de que não vai precisar desse bilhão em curto prazo, algo extremamente raro nos tempos atuais.”

Criptomoedas – Bitcoin

Para Garcia, ainda que em sua concepção original, a principal função das criptomoedas tenha sido a de criar um câmbio paralelo ao dinheiro tradicional, até hoje, elas têm funcionado como ativos para pessoas físicas e jurídicas.

“O caso da Tesla é bastante interessante para desenharmos um cenário de aplicação futura dos criptoativos no mercado brasileiro. O principal ponto é compreender que o Banco Central ainda não os reconhece como dinheiro e, portanto, não atesta lastro sobre eles. Dessa forma, a primeira recomendação para empresas que desejam diversificar os investimentos seguindo o exemplo de Elon Musk é compreender os riscos que envolvem as operações, que fogem do convencional em termos de garantias sobre flutuação cambial”, frisou.

E disse mais: “o segundo passo é pensar sobre a saúde financeira da sua empresa. Uma vez que as criptomoedas são classificadas hoje pela Receita Federal enquanto bens, tributando os contribuintes que as adquirem apenas se obtiverem lucro ao vendê-las, pode ser interessante começar a investir nesse meio já que, por conta da queda da taxa Selic, apenas a renda variável tem se mantido atraente.”

Lógica dos dividendos

Por fim, Garcia destacou que nesse sentido a dica aqui é seguir a mesma lógica de investimento dos dividendos da sua companhia em outros ativos , como uma casa ou um carro, por exemplo. “É preciso que seu caixa tenha reservas suficientes para lidar com eventuais emergências, o que, no cenário atual de recessão, torna a possibilidade de fazer das criptomoedas uma segunda opção na carteira de pagamentos talvez tão distante quanto as viagens comerciais para Marte programadas pela Tesla”.

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