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Presidente da Petrobras é convocada para audiência pública em meio à crise envolvendo royalties e o Estaleiro Atlântico Sul

Maria das Graças Foster
Agência Petrobras de Notícias
Maria das Graças Foster
Há pouco mais de um mês na presidência da Petrobras, Maria das Graças Foster terá em abril o primeiro encontro com a Comissão de Minas e Energia (CME) da Câmara.

O pedido de audiência pública foi protocolado pelo deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) com o argumento de ouvir a executiva sobre “propostas relativas ao futuro da companhia”.

A convocação, aprovada na reunião da CME da última quarta-feira, deve ocorre entre a segunda e quarta semana de abril, conforme apurou o iG Economia .

A primeira mulher no comando de uma petrolífera ainda não confirmou a data do encontro, que embora possa ser declinado costuma ser aceito por questões protocolares.

O primeiro teste de Graça Foster no parlamento deve esquentar os debates sobre a mudança no sistema de distribuiçãi royalties do petróleo entre estados e municípios.

A pauta também terá com um dos principais temas os problemas enfrentados pela companhia no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), cujo atraso na entrega do petroleiro João Cândido resultou na saída da Samsung do consórcio formado junto com Camargo Corrêa e Queiroz Galvão .

Em visita ao estaleiro em fevereiro, Graça Foster criticou o atraso na entrega do petroleiro encomendado dentro do plano expansão de frota elaborado pela Transpetro, divisão de logística da Petrobrás, com orçamento estimado em R$ 7 bilhões como parte do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) do governo federal.

A desistência da Samsung foi uma derrota da presidente da Petrobras, que auxiliava a negociação entre os sócios do EAS. A estatal queria uma maior presença da divisão de embarcações da coreana Samsung no estaleiro para evitar novos atrasos na encomenda de 22 navios petroleiros e sete sondas de perfuração ao EAS. O atraso do pacote de embarcações pode prejudicar a campanha de exploração do pré-sal.