CMN aumenta o limite de valor de imóvel financiado com FGTS
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CMN aumenta o limite de valor de imóvel financiado com FGTS

Os contribuintes do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que desejarem financiar imóveis com os valores acumulados nessa caderneta ganharam uma boa notícia nesta terça-feira (31). Isso porque o Conselho Montetário Nacional (CMN) anunciou hoje que todos poderão comprar um imóvel financiado com FGTS com valor de até R$ 1,5 milhão através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) que empresa o dinheiro com recursos do FGTS com juros menores que as taxas de mercado.

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O novo teto vai beneficiar todas as regiões do país e valerá para imóvel financiado com FGTS , desde que residencial, adquiridos a partir de 1º de janeiro próximo. Concedidos com recursos do FGTS e da poupança, os financiamentos do SFH cobram juros de até 12% ao ano. Acima desses valores, valem as normas do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), com taxas mais altas e definidas livremente pelo mercado.

Flexibilização

Em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, imóvel financiado com FGTS já chegou a ter limite de R$ 1,5 milhão, mas depois recuou
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Em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, imóvel financiado com FGTS já chegou a ter limite de R$ 1,5 milhão, mas depois recuou

Além de elevar o teto dos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia, o CMN flexibilizou a parcela que os bancos são obrigados a aplicar em crédito imobiliário . Até agora, os bancos precisavam destinar 65% dos recursos da poupança para o financiamento de imóveis, dos quais 80% (o equivalente a 52% dos depósitos na caderneta) deveriam ser empregados no SFH.

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Com a decisão de hoje, o sublimite de 80% deixará de vigorar em janeiro. Dessa forma, os bancos poderão usar os recursos da poupança para financiarem imóveis de qualquer valor, a critério de cada instituição. No entanto, os bancos que concederem crédito para imóveis de até R$ 500 mil terão o valor multiplicado por 1,2 para facilitar o cumprimento da exigência de usarem 65% da poupança no financiamento imobiliário.

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Estímulo à construção

Com limite maior para imóvel financiado com FGTS, Banco Central espera estimular o setor da construção civil
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Com limite maior para imóvel financiado com FGTS, Banco Central espera estimular o setor da construção civil

Segundo o Banco Central (BC), as medidas foram tomadas para estimular a construção civil . Recentemente, entidades do setor reclamaram que a indústria da construção continua a recuar e a enfrentar dificuldades para sair da crise por causa do alto custo dos financiamentos.

“Esse conjunto de aperfeiçoamentos, ao flexibilizar e simplificar as regras do direcionamento, pretende estimular a entrada de novos operadores e a melhor segmentação de mercado. Espera-se, ainda, uma maior compatibilidade entre a oferta e a demanda de financiamentos, respeitando-se a estrutura e as características de nosso mercado imobiliário. A maior liberdade para contratação pode estimular também o desenvolvimento do mercado de securitização [conversão de papéis] e de títulos com lastro em operações imobiliárias, atraindo novos recursos para o setor”, explicou o BC em nota.

Teto permanente de imóvel financiado com FGTS

Depois de idas e vindas, BC afirma que novo limite para imóvel financiado com FGTS será permanente
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Depois de idas e vindas, BC afirma que novo limite para imóvel financiado com FGTS será permanente

Em novembro de 2016, o CMN tinha reajustado o teto de financiamento de imóveis pelo SFH de R$ 650 mil para R$ 800 mil, na maior parte do país, e de R$ 750 mil para R$ 950 mil no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em fevereiro do ano passado, o limite foi reajustado para R$ 1,5 milhão por unidade em todas as regiões do país, valor que vigorou até o fim do ano passado.

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Em janeiro deste ano, tinham passado a valer o teto anterior, de R$ 950 mil, para quatro unidades da Federação, e de R$ 750 mil no restante do país. Segundo o BC, o valor máximo de R$ 1,5 milhão por  imóvel financiado com FGTS será permanente.

* Com informações da Agência Brasil

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