Varejista quer seguir o modelo adotado pelas redes de eletrônicos Insinuante e Ricardo Eletro, que criaram a Máquina de Vendas
“Estamos em conversações com algumas redes”, diz Dimitrios Markakis, controlador da varejista, sem revelar nomes dos possíveis candidatos. O empresário, porém, não prevê fechar um acordo ainda neste ano.
O modelo da Dicico assemelha-se ao adotado pela Máquina de Vendas, empresa resultante da fusão das varejistas de eletroeletrônicos e móveis Insinuante, da Bahia, e Ricardo Eletro, de Minas Gerais. A nova holding já agregou, recentemente, mais uma varejista, a City Lar, de Mato Grosso. Markakis acredita haver espaço para realizar acordos semelhantes no varejo de material de construção, que ainda é muito pulverizado no País.
A tendência de consolidação nesse segmento, porém, também chamou a atenção dos fundos de private equity, que compram participações em empresas menores com o objetivo de criar grandes companhias, para vendê-las, no futuro, às varejistas líderes. O fundo americano Advent, por exemplo, comprou a rede de material de construção Quero Quero, no Rio Grande do Sul, há cerca de dois anos.
Segundo o iG apurou, a própria Dicico já teria sido sondada por fundos de investimentos. “O meu interesse é continuar sendo o operador dos negócios”, respondeu Markakis. O empresário afirma não ter interesse em vender a Dicico para um fundo de investimento, que iria ficar à frente das operações.
Expansão
A crise em 2009 obrigou a Dicico a ser mais conservadora em seu plano de investimentos. A varejista havia se programado para abrir o capital e contratou a Ernst & Young para auditar os seus balanços financeiros.
Mas a possibilidade de captar de recursos no mercado de capitais foi deixada de lado no ano passado e os planos de expansão foram revistos. Antes, a meta da varejista era chegar a 57 lojas e a um faturamento de R$ 1 bilhão ainda em 2010. Neste ano, a Dicico prevê vender R$ 880 milhões e alcançar a marca de 50 unidades até dezembro.