O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin disse, nesta quarta-feira (16), que a equipe de transição está discutindo questões fiscais para o próximo ano, porém já adiantou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deve ser um "governo gastador".
Alckmin também afirmou, durante coletiva de imprensa, que os governos anteriores do petista foram marcados pela responsabilidade fiscal. Segundo ele, "O presidente Lula , se a gente pegar os seus dois mandatos, a marca foi a responsabilidade fiscal ."
"Agora, você precisa ter o mínimo para poder, de um lado, garantir a rede de proteção social, ainda mais neste momento de crise socioeconômica e, do outro, o funcionamento do Estado", continuou.
Sobre o Orçamento de 2023 , o vice-presidente eleito e coordenador da transição do próximo governo afirmou que não há recursos para garantir a continuação de obras e investimentos já iniciados, e que o próximo governante está dependente da volta do crescimento econômico do país para maiores investimentos.
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"Você não pode parar a obra. Não tem recursos sequer previstos no Orçamento do ano que vem para poder dar continuidade às obras. Não há nada mais caro do que obra parada e também ter o mínimo para investimento, porque isso vai ser importante na retomada do crescimento econômico", ressaltou.
O próximo governo se prepara para a adaptação do Orçamento de 2023, que prevê um pagamento menor do Auxílio Brasil e contém cortes em diversos programas sociais. Recentemente, Lula defendeu que o benefício fosse retirado do teto de gastos pelos seus quatro anos de mandato, de modo a garantir a manutenção do valor mensal de R$ 600, o que deve acontecer.
Nesta semana, inclusive, Lula falou sobre isso com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco , que acenou positivamente.
Durante o evento, Alckmin anunciou nesta quarta-feira novos nomes para a equipe de transição .