Banco Central
Reprodução: iG Minas Gerais
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Depois de finalizar 2020 em 88,6% e chegar no pico de 89% em fevereiro do ano passado, a dívida pública seguiu uma trajetória de queda nos últimos meses e terminou 2021 em 80,3% do PIB. O resultado foi divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira.

De acordo com o BC, o principal fator para redução da relação dívida/PIB no ano foi o crescimento do PIB nominal, que levou a uma queda de 12,3 pontos percentuais (p.p). O resgate líquido da divida também teve um impacto de redução de 2,1 p.p.

Como o PIB é denominador da relação com a dívida, quando ele aumenta, o resultado é queda no indicador.

Já a incorporação de juros nominais e a desvalorização cambial tiveram impacto contrário, de alta na dívida de 5,8 p.p e 0,4 p.p, respectivamente.

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Parte da dívida pública é indexada à Selic, que era 2% no início do ano e terminou 2021 em 9,25%. Com isso, ela fica mais cara. Já a alta do dólar afeta a parte da dívida que é em moeda estrangeira.

Em 80,3%, a dívida/PIB chega no menor patamar desde maio de 2020, quando estava em 80,4% e já em trajetória de alta com as despesas extraordinárias feitas pelo governo no combate à Covid-19. Antes do início da pandemia, em fevereiro de 2020, o índice estava em 75,3%.

O indicador é acompanhado de perto pelo mercado porque mede a capacidade do país de pagar suas dívidas. O número engloba o resultado do governo federal, o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e os governos estaduais e municipais.

A Instituição Fiscal Independente, órgão ligado ao Senado, projetou a dívida bruta em 82,1% no final do ano passado e espera que o indicador suba para 84,8% em 2022. Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal de janeiro, a alta neste alta será consequência de um aumento na conta de juros por conta da elevação da Selic e um resultado primário pior.

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