Tamires e Raul completam, neste ano, 20 anos de matrimônio, cuja moradia é dividida pelo casal desde que eram noivos. Dentro dessa relação, tiveram um filho, Cauê, um menino muito dedicado, estudioso e atencioso. Como Cauê está prestes a completar 18 anos, o casal decidiu presenteá-lo com uma moto, para demonstrar toda a sua gratidão pelos grandes elogios dos professores em seu colégio.

Depois de negociar uma vaga no estacionamento do condomínio em que moravam, Raul efetuou a compra da moto, mandando entregá-la no dia do aniversário do filho. Ao chegar em casa, Cauê foi surpreendido com o presente, afirmando que daria ingresso na autoescola com todas as papeladas necessárias já no dia seguinte.

Pelo fato de o condomínio ser antigo, as melhores vagas já estavam ocupadas, não tendo o pai a opção do direito à escolha. Logo, a única vaga disponível era uma bem perto da entrada principal. O pai, sabendo dos cuidados do porteiro, entendeu que poderia ser uma boa ideia e escolheu aquele local, deixando a moto lá até que Cauê fosse habilitado para dirigi-la.

Certo dia, um homem se aproximou da portaria do prédio e informou ao porteiro que era um amigo de Cauê, mostrando, então, um documento falso. O porteiro, amigo da família há muitos anos, sem ao menos perguntar sobre a autorização, deixou que o cidadão adentrasse ao condomínio, acreditando na história contada. Em menos de 15 minutos, o homem saiu pelo portão da garagem pilotando a moto de Cauê, sem que ninguém percebesse. 

Raul, chegando de seu trabalho reparou que a moto não estava no estacionamento. Dessa forma, alertou o porteiro, que lhe contou o ocorrido. Este, de imediato, começou a se eximir de qualquer culpa. Por conta disso, o casal recorreu ao síndico para explicar os fatos, fazendo com que tivessem acesso às câmeras de segurança para que pudessem comprovar a cena narrada. Assim, após assistir à gravação, o síndico entendeu que o condomínio não tem culpa, justificando o fato de que não existe convenção que trate desse assunto e, mesmo se houvesse, cada proprietário seria responsável pelos seus próprios bens.

O casal e o filho ficaram desamparados acreditando que não poderia haver solução para esse problema. Porém, se existisse um real acompanhamento jurídico sobre esse caso, essa família saberia que essa é uma situação simples e que a responsabilidade seria, sim, do condomínio, simplesmente pelo fato de que o homem que furtou a moto, ter, somente, adentrado ao condomínio por causa do descuido do porteiro.

Por esses e outros motivos, é de suma importância procurar um advogado especializado em Direito Imobiliário, porque as situações de dia a dia podem ser solucionadas com uma simples consulta, mas que poderá gerar uma mudança enorme no bem-estar da família.

Leia também:

Casa própria: antes de assinar o contrato, procure orientação jurídica

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!