Bons tempos quando acordávamos e logo ligávamos no Domingo no Parque do Silvio Santos e ficávamos até o Show de Calouros. Lógico, muita coisa acontecia naqueles tempos de chumbo, mas esse domingo foi fantástico. Desculpe o trocadilho. 

Começamos a semana com a divulgação da reunião de 22 de abril. Sem um juízo de valor preconceituoso, mas em meio a uma pandemia onde dois ministros da saúde já foram demitidos, em meio a uma escalada de mortes, discutiu-se o quê naquela reunião?  Uma total falta de propósito, falta de rumo ou planejamento cooperativo, quanto a como endereçar o nosso principal problema atual (escalada do corona vírus) e futuro (enorme queda de nosso PIB e aumento do desemprego).

Falas desarranjadas e patéticas, acusações descabidas em momentos de crise de saúde, coroado com manifestações de rua destrambelhadas de ambos os lados. Nota-se apenas irresponsabilidade, politização da ciência, fanatismo persecutório fantasmagórico, sarcasmo, falta de empatia e fúnebre desprezo pela vida. Afinal o que mais importa é não prejudicar o governo. 

Às favas as estatísticas de morte. A fantasia cloroquina como pedra angular para a cura de uma gripezinha inventada pelas mídias sociais, redes de TV,  blogs, partidos sujos, comunistas e socialistas (gostaria de que quem grita a plenos pulmões, me explicasse a diferença entre ambos modos de produção) é o ponto de inflexão entre um governo que pensa no povo e outro que quer o mal da população, simplesmente assim. Mas aqui o que importa é a narrativa. Aliado às potentes cordas vocais e bastões de  beisebol de alguns pacifistas, que circulavam pela avenida Paulista,  e que buscavam defender o indefensável com um bastão de beisebol, para dar na nuca de quem discordasse da retórica Magna de sua portadora.

Defendem a democracia. Mas, felizmente ou infelizmente, o povo elegeu o congresso. Existe uma coisa chamada democracia representativa. Pedir para fechar o Congresso e o STF, sob gritos histéricos de pessoas com máscara para esconder sua vergonha política sublimada, porém sem máscara para evitar uma doença inventada pela esquerda ou por alienígenas chineses, não vão tornar um pleito ditatorial em clame por democracia. Coisas de mentes delirantes. Cruz credo, Certralina neles.

Voltando ao mundo da economia. É absolutamente impensável acreditar que 2021 será um ano de enorme recuperação. Talvez mais protestos contra os poderes possam atrair mais investidores estrangeiros e dirimir a desconfiança dos empresários domésticos. Não sei mais o que pensar ou escrever, mas as vezes sinto inveja daqueles astronautas que acoplaram na cápsula de passageiros Crew Dragon feita pela Space X. Devem permanecer por lá até agosto. Isso é que é uma quarentena para brasileiro descansar e parar de ver e ler bobagens. Ou alguém realmente acha que essas manifestações ajudarão a economia brasileira? Cedo meu lugar na Crew Dragon .

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